O JCO publicou na edição de 1º de dezembro (vol. 32, nº 34) o consenso de especialistas com recomendações para a radioterapia adjuvante de resgate após prostatectomia. O trabalho é assinado por Stephen J. Freedland e colegas e tem a chancela da Associação de Urologia Americana (AUA) e da ASTRO, a sociedade de radio-oncologistas dos Estados Unidos.
A linha de conduta prevê a radioterapia após prostatectomia, acrescentando que nem todos os pacientes são candidatos ao tratamento adjuvante. O risco de recorrência ou progressão da doença após prostatectomia é maior em homens com invasão de vesículas seminais, Gleason 8-10, extensas margens positivas e antígeno prostático específico (PSA) detectável no pós-operatório.
Para esse subgrupo de pacientes, os médicos devem discutir a radioterapia como possibilidade de tratamento adjuvante.
Em 2014, as estimativas do INCA indicaram 68.800 novos casos de câncer de próstata no Brasil. Para os homens elegíveis para a cirurgia com intenção curativa, a prostatectomia radical é uma opção, mas cerca de um terço de todos os pacientes vai experimentar recidiva da doença após a cirurgia. A classificação de risco, de acordo com os critérios da AUA/ASTRO leva em conta a evolução dos níveis séricos de PSA, definição de recorrência bioquímica que recomenda a conduta de reestadiamento e coloca no contexto de tratamento a opção pela radioterapia.
Referências:
Adjuvant and Salvage Radiotherapy After Prostatectomy: American Society of Clinical Oncology Clinical Practice Guideline Endorsement
Stephen J. Freedland, R. Bryan Rumble, Antonio Finelli, Ronald C. Chen, Susan Slovin,
Mark N. Stein, David S. Mendelson, Colin Wackett e Howard M. Sandler
http://jco.ascopubs.org/content/32/34/3892.full
