Onconews - Mutação KRAS e prognóstico em câncer de pâncreas

chemotherapy_99_P__ncreas_NET_OK.jpgEstudo prospectivo multicêntrico investigou o papel da mutação KRAS no tumor primário para determinar o prognóstico do câncer de pâncreas avançado e concluiu que mutações específicas no KRAS devem ser consideradas não apenas quando se avalia o prognóstico, mas também no contexto de estudos clínicos que possam oferecer novas perspectivas para os pacientes.

Os pesquisadores realizaram biópsia aspirativa por agulha fina guiada por ultrassonografia para avaliar o status do KRAS exon-2 em pacientes com carcinoma ductal do pâncreas localmente avançado e / ou metastático. De um total de 219 pacientes, 147 abrigavam mutação no KRAS (códon 12; G12D: 73; G12V: 53; G12R: 21) e 72 tinham KRAS selvagem (wild-type). Na amostra estudada, 116 pacientes eram homens, com média de idade de 67 ± 9,4 anos.
 
A análise final mostrou que não houve diferença de sobrevida livre entre pacientes KRAS mutados (8 meses; 95% de Intervalo de Confiança (IC 95%): 8,7-12,3) e pacientes não mutados, do tipo Selvagem (9 meses; IC de 95%: 8, 7-12,8; taxa de risco (HR): 1,03; P = 0,82).)

No entanto, pacientes com mutação G12D tiveram menor tempo de sobrevida global (6 meses; IC 95%: 6,4-9,7) em comparação com os demais pacientes da amostra avaliada (SG= meses; 95% CI: 10-13; HR: 1,47; P=0,003).

Assim, a análise multivariada identificou KRAS G12D como preditor independente de pior prognóstico (HR: 1,44; P=0,01).
 
O câncer de pâncreas continua como um dos tipos mais mortais e a taxa de sobrevida em 5 anos após o diagnóstico é menor que 3,5%.
 
Referência: KRAS G12D Mutation Subtype Is A Prognostic Factor for Advanced Pancreatic Adenocarcinoma - Barbara Bournet, Fabrice Muscari, Camille Buscail, Eric Assenat, Marc Barthet, Pascal Hammel, Janick Selves, Rosine Guimbaud, Pierre Cordelier e Louis Buscail2
doi:10.1038/ctg.2016.18