Onconews - Novas perspectivas no câncer urotelial

BEXIGA_CAPA_NET_OK.jpgA agência norte-americana FDA deu mais um sinal verde para a imuno-oncologia no tratamento do câncer urotelial, desta vez com a aprovação acelerada de nivolumabe (Opdivo®, da Bristol Myers-Squibb) e com a aprovação de duas novas indicações suplementares de pembrolizumabe (KEYTRUDA®), todas para o tratamento de pacientes com câncer urotelial avançado ou metastático.

No caso de nivolumabe, a decisão do FDA tem como base o estudo de Fase II CheckMate-275, aberto, de braço único, que mostrou a atividade e segurança do agente em 270 pacientes com carcinoma urotelial metastático ou localmente avançado, irressecável, que progrediram à primeira linha de quimioterapia à base de platina. Nivolumabe já havia demonstrado eficácia e segurança promissoras no estudo de fase I/II CheckMate 032.
 
As indicações suplementares de pembrolizumabe também consideram diferentes cenários de tratamento. Na primeira linha, o FDA prevê prioridade de análise em pacientes que não são elegíveis à terapia contendo cisplatina.  O pedido de uso em segunda linha considera pacientes que apresentam progressão da doença pós-platina ou em vigência da quimioterapia.
 
As novas indicações de pembrolizumabe à espera da aprovação do FDA baseiam-se nos dados do estudo de Fase II KEYNOTE-052, que avaliou pembro em primeira linha, e nos resultados do ensaio de Fase III KEYNOTE-045, que investiga pembro em segunda linha na comparação com a terapia de escolha do médico (paclitaxel, docetaxel, vinflunina) em pacientes recidivados ou que evoluíram durante a quimioterapia.
 
O anti PD-1 pembrolizumabe é um anticorpo monoclonal humanizado que bloqueia a interação entre PD-1 e seus ligantes, PD-L1 e PD-L2, ativando deste modo os linfócitos T para aumentar a capacidade do sistema imunológico de detectar e combater as células tumorais.  O agente está sendo avaliado em mais de 30 tipos de tumores em cerca de 400 estudos clínico, em monoterapia ou esquemas de combinação.
 
O carcinoma urotelial é o tipo mais comum de câncer de bexiga, tumor que em 2012 acometeu aproximadamente 430 mil pessoas em todo o mundo e foi responsável globalmente por 165 mil mortes.