O congresso da associação europeia de hematologia (EHA) trouxe novos dados do estudo POLLUX, que avaliou a combinação do anticorpo daratumumabe com lenalidomida e dexametasona em pacientes com mieloma múltiplo recorrente ou refratário. A análise mostrou redução de 63% no risco de progressão ou morte com daratumumabe, resultado considerado “sem precedentes” no cenário avaliado.
Os dados do POLLUX apresentados no encontro anual da EHA mostram que mais pacientes alcançaram resposta global no grupo daratumumabe em comparação com o grupo controle (93% versus 76%, P <0,0001). A taxa de resposta parcial também favoreceu o tratamento com daratumumabe (76% vs 44%; P <0,0001) e o uso do anticorpo mais do que dobrou a taxa de resposta completa (43% vs 19%, P <0,0001).
Os eventos adversos foram consistentes com os perfis de toxicidade já conhecidos nessa combinação.
O estudo de fase 3 inscreveu 519 pacientes com mieloma múltiplo recorrente ou refratário, que receberam pelo menos 1 linha de tratamento, randomizados 1:1 para receber a combinação de daratumumabe+ lenalidomida e dexametasona (grupo daratumumabe) em comparação com lenalidomida e dexametasona (grupo controle).
Os dados foram apresentados no encontro anual da EHA por Meletios A. Dimopoulos, em conferência na sexta-feira, 10 de junho, e sugerem que a combinação pode representar um novo padrão de tratamento para esse perfil de pacientes (Abstract LB2238).
Durante a ASCO 2016, resultados do estudo CASTOR já haviam demonstrado a superioridade do regime de combinação com daratumumabe no mieloma múltiplo recorrente ou refratário. Agora, o POLLUX fortalece as evidências disponíveis.