Uma proporção significativa de carcinomas de células escamosas da orofaringe (OP-SCC) está relacionada com o papilomavírus humano (HPV) e a superexpressão da proteína p16. Este subgrupo apresenta melhor prognóstico e sobrevida, mas não existe nenhuma evidência sobre essa relação com base em medidas de diagnóstico e definição de superexpressão da p16.
Uma revisão sistemática avaliou meios de p16 e diagnósticos de HPV, e quantificou a superexpressão da proteína em carcinomas de células escamosas da orofaringe com HPV positivos, por modo de coloração imuno-histoquímica.
As bases PubMed, Embase, e a Biblioteca Cochrane foram pesquisadas de 1980 até outubro de 2012. O critério de inclusão considerou um mínimo de 20 casos de OP-SCCs com resultado positivo de HPV e com presença da proteína p16. Os estudos foram classificados em três grupos, de acordo com a definição de superexpressão de p16.
Foram identificados 39 estudos com dados sobre os resultados disponíveis (N = 3926): 22 estudos com o teste de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR - n = 1980); 6 com hibridização in situ (ISH -n = 688), e 11 estudos (n = 1258) que utilizaram tanto o PCR quanto o ISH para o diagnóstico de HPV. Os métodos apresentaram resultados similares na detecção do HPV positivo, presente em 52,5% dos casos (n = 2.062). A revisão concluiu que existem diferenças substanciais na forma como os estudos fazem o diagnóstico de HPV e definem a superexpressão de p16. Numericamente, a coloração p16 é melhor para predizer a presença de HPV (maior sensibilidade), quando o corte é fixado em ≥70% da coloração citoplasmática e nuclear.
Referência: http://www.nature.com/bjc/journal/v110/n6/full/bjc201442a.html?WT.ec_id=BJC-201403