Revisão sistemática e meta-análise avaliando a segurança do conjugado trastuzumabe deruxtecana aponta que entre 1428 pacientes relatados, em 13 artigos de ensaios clínicos, a incidência de doença pulmonar intersticial e/ou pneumonite de graus ≥3 foi de 2,2%. O trabalho foi publicado na Cancer, em artigo de Li et al., e fornece um guia importante para os médicos envolvidos na assistência oncológica.

Estudos anteriores evidenciaram o benefício do tratamento com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd), embora possa aumentar o risco de doença pulmonar intersticial (DPI) e/ou pneumonite em certos pacientes. Neste estudo, o objetivo foi avaliar a segurança de T-DXd com foco nesses eventos adversos.

O estudo considerou ensaios clínicos publicados até 2 de novembro de 2022, compreendendo bases de dados eletrônicas: PubMed, Embase, Cochrane Library e ClinicalTrials.gov. A última busca foi atualizada em 10 de janeiro de 2023.

Os resultados foram baseados em 1.428 pacientes relatados em 13 artigos. A análise revelou que os eventos adversos emergentes do tratamento (TEAEs) mais comuns em todos os graus foram náusea e fadiga. O TEAE de grau 3 ou superior mais comum (grau ≥3) foi a neutropenia. As incidências de DPI e/ou pneumonite de todos os graus e graus ≥3 foram de 12,5% e 2,2%, respectivamente.

Em síntese, os TEAEs mais comuns foram reações gastrointestinais e fadiga, enquanto o TEAE de grau ≥3 mais comum foi a toxicidade hematológica. Os autores destacam que DPI e/ou pneumonite foram reações adversas específicas, para as quais os médicos devem estar particularmente atentos por sua maior morbidade e taxas de TEAEs de grau ≥3.

Referência: https://doi.org/10.1002/cncr.35349