Onconews - TOPAZ-1: sobrevida em três anos, segurança e sobrevida estendida em longo prazo de durvalumabe no trato biliar

Na análise primária do estudo TOPAZ-1, durvalumabe + gemcitabina e cisplatina (GC) melhoraram significativamente a sobrevida global em comparação com placebo + GC, com um perfil de segurança manejável em pacientes com câncer do trato biliar avançado. Agora, no ESMO GI 2024 foram relatados os resultados de sobrevida global em 3 anos, sobrevida estendida em longo prazo (eLTS) e análise de segurança.

No estudo, pacientes com câncer do trato biliar avançado receberam durvalumabe ou placebo + gemitabina e cisplatina a cada três semanas, seguido de monoterapia com durvalumabe ou placebo a cada 4 semanas. A sobrevida global e os eventos adversos graves (EAGs) foram avaliados aproximadamente 36 meses após o último paciente ter sido randomizado (DCO: 23 de outubro de 2023). As características e os resultados foram avaliados no eLTS (pacientes no conjunto de análise completo [FAS] que sobreviveram ≥30 meses após a randomização).

Resultados

No geral, 685 pacientes foram randomizados para D+GC (n=341) ou placebo + GC (n=344). Após acompanhamento mediano (IC 95%) de 41,3 (39,3–44,1) meses, a mediana de sobrevida global (mOS; IC 95%) foi de 12,9 (11,6–14,1) meses para D+GC e 11,3 (10,1–12,5) meses para placebo + GC (HR, 0,74; IC 95%, 0,63–0,87). A taxa de SG em 36 meses foi de 14,6% para D+GC vs 6,9% para PBO+GC.

Nos pacientes que alcançaram o controle da doença, a taxa de SG em 36 meses foi de 17,0% para D+GC versus 7,6% para placebo + GC. No conjunto de análise completo (FAS), 88/685 (12,8%) pacientes eram eLTS, com mais eLTS em D+GC (58/341 [17,0%]) do que em PBO+GC (30/344 [8,7%]; Tabela). Todos os subgrupos clinicamente relevantes foram representados no eLTS (Tabela).

Uma proporção maior de eLTS obteve uma resposta objetiva do que no FAS. Aproximadamente 1 em cada 3 (32/91) pacientes que responderam a durvalumabe eram eLTS. Uma proporção maior de eLTS em PBO+GC recebeu terapia subsequente, incluindo imunoterapia, em comparação com durvalumabe + GC. Os EAGs foram comparáveis ​​entre os braços para eLTS (D+GC: 32,8%; PBO+GC: 36,7%) e menos frequentes que no FAS (D+GC: 48,8%; PBO+GC: 44,4%).

Table: 279MO

n, (%)

FAS

eLTS

D+GC (N=341)

PBO+GC (N=344)

D+GC (N=58)

PBO+GC (N=30)

Disease status

    

Initially unresectable

274 (80.4)

279 (81.1)

37 (63.8)

16 (53.3)

Recurrent

67 (19.6)

64 (18.6)

21 (36.2)

14 (46.7)

Geographic region

    

Asia

178 (52.2)

196 (57.0)

34 (58.6)

10 (33.3)

Rest of the World

163 (47.8)

148 (43.0)

24 (41.4)

20 (66.7)

Objective response 

91 (26.7)

64 (18.7)

32 (55.2)

12 (40.0)

Subsequent anticancer therapy

187 (54.8)

189 (54.9)

34 (58.6)

25 (83.3)

Subsequent immunotherapy

11 (3.2)

27 (7.8)

4 (6.9)

7 (23.3)

∗Complete or partial response by RECIST v1.1. RECIST, Response Evaluation Criteria in Solid Tumors.

“Após 3 anos de acompanhamento, durvalumabe + gemcitabina e cisplatina continuou a demonstrar benefício de sobrevida a longo prazo clinicamente significativo, que foi melhorado ainda mais nos pacientes que alcançaram o controle da doença. Todos os subgrupos clinicamente relevantes foram representados no eLTS, apoiando ainda mais o status de tratamento padrão para durvalumabe + GC em diversos pacientes com câncer do trato biliar avançado”, concluíram os autores.

O estudo é financiado pela AstraZeneca e está registrado em ClinicalTrials.Gov, NCT03875235.

Referência: 

279MO - Three-year survival, safety and extended long-term survivor (eLTS) analysis from the phase III TOPAZ-1 study of durvalumab (D) plus chemotherapy in biliary tract cancer (BTC)

Speakers - Do-Youn Oh (Seoul, Korea, Republic of)