O câncer de mama positivo para receptor hormonal e negativo para o receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HR+/ HER2-) é o subtipo mais comum de câncer de mama metastático. O tratamento com o inibidor de ciclinas ribociclibe, que inibe as quinases 4 e 6 dependentes de ciclina (CDK4/6), tem contribuído para reconfigurar esse cenário de tratamento, melhorando a sobrevida nessa população de pacientes1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.
O estudo MONALEESA-2 foi o primeiro ensaio randomizado de fase 3 a demonstrar benefício de sobrevida global (SG) com a combinação de ribociclibe (Kisqali®, Novartis) e inibidor de aromatase como primeira linha de tratamento em pacientes na pós-menopausa com câncer de mama avançado HR+/HER2-. Em março de 2022, artigo de Hortobagyi et al. na New England Journal of Medicine (NEJM)1 relatou resultados de SG, demonstrando benefício clínico e estatisticamente significativo da adição de ribociclibe a letrozol versus letrozol isoladamente (63,9 meses vs 51,4 meses; HR = 0,76; P bilateral = 0,008), com SG mediana mais de 12 meses maior em pacientes tratadas com ribociclibe1.