O estudo SWITCH mostra que não há diferença entre a sequência dos agentes empregados no tratamento do carcinoma renal metastático (mRCC), indicando que tanto faz usar na primeira linha a sequência sorafenibe-sunitinibe como o inverso. A sobrevida livre de progressão (PFS) e a sobrevida global (OS) não mostram a superioridade de um esquema sobre o outro.
A investigação foi liderada por Maurice-Stephan Michel, do Medical Center Mannheim e da Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Iniciado em 2008, o SWITCH é o primeiro estudo prospectivo a investigar a sequência empregada na primeira linha terapêutica do mRCC.
Realizado na Alemanha, Áustria e Holanda, o ensaio considerou 365 pacientes não indicados para o tratamento com citoquinas que ainda não haviam recebido terapia sistêmica. Os pacientes foram estratificados de acordo com o critério de grupos prognósticos do Memorial Sloan Kettering Cancer Center e depois randomizados para as duas sequências de tratamento.
O SWITCH não alcançou o objetivo primário de demonstrar a superioridade da sequência sorafenibe-sunitinibe. A mediana de PFS foi de 2,5 meses no braço sorafenibe-sunitinibe e 14,9 meses no sunitinibe-sorafenibe (HR) de 1.01 e p= 0.54. No desfecho de sobrevida global os resultados foram semelhantes, com 31.5 meses (sorafenibe-sunitinibe) versus 30.2 meses (sunitinibe-sorafenibe), com HR de 1.00 e a p = 0.49. (Abstract 393)
Fonte: SWITCH: A randomized sequential open-label study to evaluate efficacy and safety of sorafenib (SO)/sunitinib (SU) versus SU/SO in the treatment of metastatic renal cell cancer (mRCC).