Onconews - Terapias minimamente invasivas no câncer de próstata localizado

gustavo_guimaraes_quad_bx.jpgTerapias ablativas e o uso da robótica têm crescido também no tratamento do câncer de próstata, em resposta à crescente tendência de abordagens minimamente invasivas. “Nos Estados Unidos, a cirurgia robótica se transformou no padrão e na Europa vem se consolidando, a despeito das críticas em relação aos custos”, disse Gustavo Guimarães, do AC Camargo Cancer Center, durante o 3º Simpósio Internacional promovido pelo Grupo Oncoclínicas. “No nosso serviço, a robótica foi introduzida em 2013 e desde então a cirurgia aberta caiu para 33% em 2014 e este ano não vai passar de 15%”, ilustrou.

As terapias focais ampliam seu potencial de utilização. “Entre as terapias minimamente invasivas, temos a possibilidade futura do HIFU (High Intensity Focused Ultrasound), lembrou Guimarães. O ultrasson de alta intensidade com aplicação focal explora a energia de calor do ultrassom aplicado localmente para destruir o tecido doente ou danificado por meio de ablação. O procedimento é hoje um tratamento experimental primário para câncer de próstata localizado, com o objetivo de promover a necrose das células tumorais, sem radiação ou excisão cirúrgica.

O HIFU no tratamento do câncer de próstata localizado pode ser considerado como uma alternativa minimamente invasiva para pacientes que não são candidatos à prostatectomia radical. Os pacientes com menor nível de PSA e pontuação favorável no score de Gleason parecem apresentar melhores resultados oncológicos." Futuros avanços na tecnologia e segurança devem, sem dúvida, ampliar o papel do HIFU nesta indicação", prevê o especialista.