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ASCO 2018

homem mulherAnálise dos dados do registro de câncer de um hospital da Califórnia revelou que mulheres com câncer de cabeça e pescoço receberam menos quimioterapia intensiva (35% vs. 46%) e menos radioterapia (60% vs. 70%) na comparação com pacientes homens. Os dados serão apresentados na ASCO 2018 e devem ter impacto no modelo de cuidados. “Nós não estávamos procurando por diferenças de gênero, então os resultados foram realmente surpreendentes”, explicou Jed A. Katzel, autor senior do estudo (LBA 6002)1.

comunicação medico idoso NET OKA avaliação geriátrica, instrumento que inclui medidas validadas para aferir diferentes domínios da saúde do idoso, pode ajudar a melhorar a comunicação com pacientes idosos com câncer, com reflexos positivos na linha de cuidados. É o que conclui estudo que será apresentado em sessão oral na ASCO 2018, em análise que envolveu mais de 500 pacientes oncológicos acima de 70 anos (LBA 10003).

FARMACOECONOMIA ON6 NET OKUma análise dos dados de saúde de duas regiões demograficamente semelhantes na fronteira dos Estados Unidos e Canadá mostrou que o tratamento para câncer colorretal avançado custa o dobro em Western Washington, nos Estados Unidos, em relação à Colúmbia Britânica - US$ 12.345 vs. US$ 6.195 mensais por paciente (p = < 0.01). Apesar do custo significativamente mais elevado nos EUA, os pacientes do lado norte-americano não estão vivendo mais que os do lado canadense (LBA3579). Os dados serão apresentados na ASCO 2018.

logo EVA QuadradoSelecionado na ASCO 2018 para publicação eletrônica, o estudo EVITA é uma avaliação prospectiva da casuística de câncer de colo de útero em instituições brasileiras. O trabalho está sendo realizado pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG) com apoio do LACOG, com o objetivo de delinear os perfis sócio-demográfico das pacientes, do rastreamento e do tratamento do câncer de colo de útero no país, além de levantar desfechos clínicos de sobrevida e qualidade de vida. A oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues, presidente do EVA/GBTG, comenta o trabalho.

Buzaid Portal NET OKOs números impressionam e fazem do encontro anual da ASCO o ponto alto do calendário da oncologia mundial. Nesta 54ª edição são mais de 5 mil abstracts selecionados, em ano que confirma tendências e aponta novos caminhos para a pesquisa em câncer. 
Os inibidores de checkpoint se consolidam e a imunoterapia continua em alta, com 942 abstracts, agora também em múltiplos regimes de combinação. É o caso do estudo ICONIC1, que investiga o anticorpo monoclonal JTX-2011, um agonista de ICOS, avaliado em combinação com o anti PD-1 nivolumabe em pacientes com tumores sólidos avançados. O estudo é tema de apresentação oral no sábado, 2 de junho (Abstract 3000).

BARRIOS NET OKMaior estudo sobre o impacto da duração mais curta do tratamento com trastuzumabe em pacientes com câncer de mama estádio inicial HER2 positivo, o estudo PERSEPHONE demonstrou que o tratamento com duração de 6 meses pode beneficiar as pacientes tanto quanto o padrão atual de 12 meses, com menor risco de efeitos colaterais cardíacos. Os resultados serão apresentados segunda-feira, 04 de junho, durante o Congresso da ASCO, em Chicago. O oncologista Carlos Barrios (foto), diretor executivo do LACOG e do Hospital do Câncer Mãe de Deus, comenta o trabalho.

Zukin 2 NET OKA oncologista Ana Gelatti, médica do Hospital do Câncer Mãe de Deus, em Porto Alegre, é a primeira autora de estudo do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) que descreveu a prevalência da expressão de PD-L1 no câncer de pulmão no Brasil. O estudo, coordenado por Mauro Zukin (foto), Diretor Técnico do Americas Centro de Oncologia Integrado e vice-presidente do GBOT, foi selecionado na ASCO 2018 para publicação eletrônica e mostra menor prevalência da expressão de PD-L1 em relação aos dados da literatura.

Publio Viana NET OKA ressonância magnética multiparamétrica (mpMRI) é o padrão de imagem de referência para estadiamento local do câncer de próstata. Estudo do ICESP aceito na ASCO 2018 em publicação eletrônica apresentou dados prospectivos sobre o comprimento do contato tumoral com a cápsula prostática (TCL, da sigla em inglês) como preditor de tumor extraprostático (EEP). “Embora os dados ainda sejam preliminares e com curto tempo de seguimento (14 meses), já temos resultados estatisticamente significantes que suportam inferir que a medida do TCL através da mpMRI poderá representar um marcador imaginológico de agressividade”, diz o primeiro autor, o radiologista Públio Viana (foto).

Marcelo Cruz NOVA NET OKUm modelo econômico que compara diferentes tipos de testes genéticos no câncer de pulmão não-pequenas células metastático (CPNPCm) demonstrou que utilizar o sequenciamento de próxima geração (NGS) para testar todas as alterações gênicas conhecidas relacionadas ao câncer de pulmão no momento de diagnóstico é mais custo-efetivo e mais rápido do que modalidades de testes sequenciais de um único gene. “O estudo analisou os diversos cenários possíveis de testagens, incluindo tanto os custos para o sistema público americano quanto para o sistema privado. Em qualquer das análises, o NGS foi custo-efetivo”, afirma o oncologista Marcelo Cruz (foto), do Developmental Therapeutics Program da Divisão de Hematologia e Oncologia da Northwestern University. O trabalho será apresentado domingo, 03 de junho, no Encontro Anual da ASCO, em Chicago.

Pulm o 2017 NET OKUma análise de 1.800 locais de rastreamento de câncer de pulmão nos Estados Unidos mostrou que apenas 1,9% dos mais de 7 milhões de fumantes e ex-fumantes foram examinados para câncer de pulmão em 2016, apesar das recomendações da United States Preventive Services Task Force (USPSTF) e da ASCO. O estudo, a primeira avaliação das taxas de rastreamento do câncer de pulmão desde a publicação das recomendações em 2013, será apresentado dia 1º de junho, sexta-feira, no Congresso Anual da ASCO, em Chicago.

Aline Chaves NET OKUm estudo clínico randomizado com 357 pacientes com câncer de cabeça e pescoço em tratamento com radioterapia demonstrou que o uso de tecnologia móvel e sensores para monitoramento remoto proporcionou sintomas menos severos relacionados ao câncer e seu tratamento. Além disso, o rastreamento remoto diário permitiu a detecção precoce dos sintomas e intervenções mais rápidas, o que impactou a qualidade de vida, e reduziu complicações e custos de assistência. “O estudo CYCORE corrobora que a monitorização contínua do paciente melhora os sintomas e diminui os riscos associados ao tratamento, possivelmente influenciando os resultados", afirma a oncologista Aline Chaves (foto), médica na Dom Clínica de Oncologia e chair do LACOG – Cabeça e Pescoço. Os resultados do estudo serão apresentados sábado, 02 de junho, na ASCO 2018.