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ESMO 2020

DNA 2019 bxApesar da oferta crescente de painéis multigênicos e soluções de biópsia líquida, muitas das alterações genômicas detectadas ainda não são usadas na rotina para embasar decisões de tratamento. Para auxiliar a comunidade médica, especialistas europeus desenvolveram a ESMO ESCAT, que classifica as alterações genômicas com base na acionabilidade clínica de alvos moleculares. A apresentação do ESCAT foi um dos destaques do programa científico do ESMO 2020.

montagem onconews2 bxEstudo liderado pelos oncologistas Antonio Fabiano Ferreira Filho e Daniela Lessa da Silva (foto), diretores médicos da clínica Oncosinos, em Novo Hambugo (RS), analisou a viabilidade de uma avaliação geriátrica com design realista (RDGA) para verificar os domínios geriátricos mais críticos em pacientes idosos com câncer. O trabalho foi selecionado para apresentação em poster no ESMO 2020 (1860P).

Pulm o 2017 NET OKNo ensaio CASPIAN de fase III, a adição de durvalumabe  ao padrão de platina-etoposide (D+EP) melhorou significativamente a sobrevida global (HR 0,73) de pacientes com câncer de pulmão pequenas células escamoso (ES-CPPC), com benefício sustentado após> 2 anos de seguimento médio (HR 0,75), indicando que 22% dos pacientes estavam vivos aos 24 meses. Nova análise apresentada no ESMO 2020 mostrou resultados de longo prazo e explorou a relação entre carga mutacional do tumor (TMB) e os resultados de eficácia na população ITT.

OvarioPacientes com câncer de ovário avançado recém-diagnosticadas estão em alto risco de recidiva. Dados de 5 anos de seguimento do ensaio SOLO1 reportados no ESMO 2020 mostram que a terapia de manutenção com olaparibe teve impacto significativo na sobrevida livre de progressão (56 meses versus 14 meses), com redução de 63% no risco de recorrência ou morte entre pacientes que alcançaram resposta completa no tratamento de primeira linha, com perfil de segurança que permaneceu favorável.

O oncologista Masahiro Tsuboi comenta os resultados da análise exploratória do estudo ADAURA, apresentado no Simpósio Presidencial do ESMO 2020 e publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine (NEJM). O estudo demonstrou benefício de osimertinibe adjuvante no controle da recorrência em SNC em pacientes com câncer de pulmão. Assista em vídeo com participação dos oncologistas Gilberto Castro e Guilherme Harada (LBA1).

matsuboi bxA recidiva de SNC é comum no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) e reconhecidamente um fator de mau prognóstico. No cenário do CPCNP ressecado EGFR mutado, o impacto do tratamento nos locais de recorrência tem papel-chave, contexto que motivou ensaio de Fase III com osimertinibe nessa população de pacientes. Análise exploratória apresentada na ESMO 2020 (LBA1) por Masahiro Tsuboi (foto) mostrou benefício de osimertinibe no controle da doença, com redução de 82% no risco de recorrência no SNC ou morte. Os resultados foram publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine.

ASCO prostata 1O ensaio clínico aberto de Fase III (PROfound ) alcançou seu principal endpoint e mostrou que olaparibe prolongou a sobrevida livre de progressão radiográfica em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC) em progressão da doença e com alterações em BRCA1, BRCA2 e ATM. Agora, apresentou na ESMO 2020 os dados finais de sobrevida global, principal endpoint secundário. Os resultados foram publicados no New England Journal of Medicine (NEJM).

Os resultados do estudo CheckMate 9ER apresentado no ESMO 2020 são analisados por Toni Choueiri, diretor do Lank Center for Genitourinary Oncology do Dana-Farber Cancer Institute em mais um Diálogo de Experts da TV Onconews conduzido pelo oncologista Denis Jardim, coordenador de Pesquisa Clínica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. “A combinação de cabozantinibe e nivolumabe pode ser considerada nova opção de tratamento de primeira linha em pacientes com carcinoma de células renais metastático”, diz Choueiri, primeiro autor do estudo. Assista com legendas em português.

A combinação de nivolumabe com o inibidor de tirosina-quinase cabozantinibe mostrou eficácia e perfil de segurança gerenciável em pacientes com câncer renal metastático, na comparação com sunitinibe. Os resultados são de estudo de Fase III apresentado na Sessão Presidencial I do ESMO 2020 e fornecem nova opção de tratamento de primeira linha para essa população de pacientes, com benefício consistente de sobrevida livre de progressão, sobrevida global e taxa de resposta.