Onconews - EPCORE NHL 2: epcoritamabe na primeira linha e em manutenção no linfoma folicular

Estudo apresentado em Rapid Oral Abstract Session no ASCO 2024 traz dados do estudo EPCORE™ NHL-2 (fase 1/2; NCT04663347), com acompanhamento mais longo para epcoritamabe + rituximabe + lenalidomida (R2) em primeira linha no linfoma folicular (braço 6); e manutenção com epcoritamabe em pacientes com resposta completa ou parcial após 1–2 linhas de tratamento padrão (braço 7).

“No tratamento de primeira linha do linfoma folicular são necessárias opções de tratamento mais eficazes e menos tóxicas que induzam respostas completas duráveis, e para os respondentes, são necessárias novas abordagens de manutenção para melhorar os resultados a longo prazo”, contextualizaram os autores.

Nesse estudo, adultos com linfoma folicular CD20+ grau 1–3A receberam epcoritamabe subcutâneo 48 mg. No braço 6, os pacientes receberam R2 por ≤12 ciclos (Cs) de 28 dias e epcoritamabe (QW, C1–2; Q4W, C3–26). No braço 7, os pacientes receberam epcoritamabe (QW, C1 [28 d]; Q8W, C2–13 [56 d/C]). Os pacientes receberam dosagem crescente de epcoritamabe e profilaxia com corticosteroides no ciclo 1 para mitigar a síndrome de liberação de citocinas. Os endpoints primários foram a taxa de resposta global (ORR; critérios de Lugano) no braço 6 e segurança/tolerabilidade no braço 7.

Resultados

Em 22 de novembro de 2023, 41 pacientes com linfoma folicular receberam epcoritamab + R2 (braço 6) em primeira linha, e 20 pacientes com resposta completa ou parcial após o tratamento padrão receberam manutenção com epcoritamabe (braço 7).

No braço 6 (acompanhamento médio, 21,1 meses), a idade média foi de 57 anos e 34% tinham FLIPI 3–5. A ORR foi de 95%; a taxa de resposta completa foi de 85%.

Os eventos adversos relacionados ao tratamento (TEAEs) mais comuns foram COVID-19 (63%), síndrome de liberação de citocinas (56%) e neutropenia (56%). A síndrome de liberação de citocinas foi de baixo grau (41% G1, 15% G2) e resolvida; a maioria dos eventos ocorreu após a primeira dose completa e nenhum deles levou à descontinuação do epcoritamabe. Ocorreram dois TEAEs fatais (pneumonia por COVID-19 e choque séptico).

No braço 7 (acompanhamento médio, 19,7 meses), a idade média foi de 54,5 anos e 25% tinham FLIPI 3–5; 60% tiveram resposta completa e 40% tiveram resposta parcial com sua última linha de tratamento.

Todos os pacientes receberam tratamento prévio com anti-CD20, 80% tinham agentes alquilantes anteriores e 50% foram tratados anteriormente com antraciclinas; 80% tinham 1 linha de tratamento prévio. Os TEAE mais comuns foram COVID-19 (70%) e síndrome de liberação de citocinas (55%).

A síndrome de liberação de citocinas foi grau 1 (40%) ou grau 2 (15%) e resolvida; os eventos ocorreram principalmente após a primeira dose completa e nenhum levou à descontinuação do tratamento. Ocorreu um TEAE fatal (insuficiência respiratória; síndrome COVID pós-aguda após dois ciclos de tratamento). Não ocorreu Síndrome de neurotoxicidade associada a células efetoras imunológicas (ICANS) ou síndrome de lise tumoral clínica em nenhum dos braços. Dados adicionais de eficácia estão na Tabela.

Em síntese, no braço 6, epcoritamabe + R2 continuou a apresentar respostas profundas e duradouras em primeira linha do linfoma folicular; a segurança foi manejável e consistente com relatórios anteriores. No braço 7, os primeiros dados de manutenção com epcoritamabe no linfoma folicular mostraram conversões de resposta parcial para resposta completa, sem novos sinais de segurança.

“Os dados justificam uma avaliação mais aprofundada dos regimes baseados em epcoritamabe e sem quimioterapia no linfoma folicular”, concluíram os autores.

Efficacy.

Arm 6 (Epcoritamab + R2 in 1L FL)
N=41

At 18 mo, %a

Responders remaining in response

86

Pts with CR remaining in CR

93

Pts remaining progression free

89

Pts remaining alive

90

Arm 7 (epcoritamab maintenance in FL)
N=20

Pts, %

Converted to CRb

100

Remaining in responsea,c

83

Remaining alivea,c

90

aKaplan–Meier estimate.

bOf 8 pts enrolled with PR.

cAt 21 mo.

Este estudo foi financiado pela AbbVie e Genmab A/S, e está registrado em ClinicalTrials.Gov, NCT04663347.

Referência:

Abstract #7014_ EPCORE NHL‑2 arms 6 and 7 Epcoritamab with rituximab + lenalidomide (R2) in previously untreated (1L) follicular lymphoma (FL) and epcoritamab maintenance in FL: EPCORE NHL‑2 arms 6 and 7.

First Author: Leslie A. Lori

Citation: J Clin Oncol 42, 2024 (suppl 16; abstr 7014)

DOI: 10.1200/JCO.2024.42.16_suppl.7014