Resultados preliminares de um estudo de fase II que comparou o uso de análogos de LHRH isoladamente ou em associação com acetato de abiraterona no câncer de próstata localizado de alto risco mostram a superioridade da combinação com abiraterona na supressão androgênica em cenário neoadjuvante.
O estudo foi publicado no JCO, na edição de 20 de novembro (vol. 32, nº 33), assinado por Mary-Ellen Taplin e colegas, da Harvard Medical School e do Dana-Farber Cancer Institute.
As taxas de cura para o câncer de próstata localizado de alto risco e para alguns de risco intermediário são frequentemente sub-ótimas após a prostatectomia. Os resultados são melhorados com a terapia de privação de androgênio (ADT, da sigla em inglês) associada à radioterapia, mas não pela ADT associada à cirurgia. Para avaliar a melhor estratégia de privação androgênica em neoadjuvância, os pesquisadores da Harvard selecionaram pacientes com câncer de próstata localizado de alto risco (n=58). Para as primeiras 12 semanas, os pacientes foram aleatoriamente randomizados para receber análogos de LHRH como tratamento isolado versus a associação com acetato de abiraterona. Depois de uma biópsia da próstata, todos os pacientes receberam 12 semanas adicionais de análogos de LHRH mais abiraterona antes da prostatectomia.
Em conclusão, os resultados mostraram que a supressão androgênica intratumoral com o esquema de combinação antes da prostatectomia foi capaz de reduzir a carga tumoral. Em 12 semanas, os níveis de androgênios intraprostáticos foram significativamente menores (dihidrotestosterona/testosterona e dehidroepiandrosterona, Δ4-androstena-3,17-diona, dihidrotestosterona, todos P<0,001; a testosterona, P <0,05).
Referências: http://jco.ascopubs.org/content/32/33/3705.abstract