Por unanimidade, o Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM) considera as linfadenectomias pós-sentinela (+) o padrão de tratamento no Brasil, considerando as dificuldades de acesso às novas terapias. Aprovados em reunião da diretoria em setembro de 2017, os Consensos sobre Indicações de Pesquisa de Linfonodo Sentinela e Linfadenectomia pós sentinela positivo ainda não foram publicados.
O GBM também recomenda discutir as linfadenectomias em tumores primários avançados (alto índice de Breslow e ulcerados), considerando o maior risco de recidivas sistêmicas e a possibilidade de inclusão em estudo clínico aberto a recrutamento.
A exceção, no momento, se aplica a um grupo selecionado de pacientes com muito baixo volume de doença no linfonodo sentinela:
• Apenas 1 sentinela positivo (+)
• Maior volume tumoral no sentinela até 1,0 mm
• Localização exclusiva das metástases na região subcapsular
• Primário não ulcerado
A biópsia do linfonodo sentinela é indicada para pacientes com melanoma cutâneo invasivo, sem evidência clínica de metástase, cuja lesão primária apresente fatores de risco para a ocorrência da metástase linfonodal.
Indicações atuais de biópsia de linfonodo sentinela
Pacientes com Breslow ≥ 1.0 mm
Pacientes com Breslow ≥ 0.8 e <1,0 mm, com: ulceração e/ou IM ≠ zero
Pacientes com Breslow < 0.8 mm: individualizar caso a caso, ponderando fatores prognósticos
“São poucos os centros no país com possibilidade de incluir pacientes em estudos ou protocolos próprios que contemplem terapia adjuvante; devido à esta escassez de recursos, temos como consagrada a prática de efetuar a linfadenectomia após o encontro de linfonodo sentinela positivo, pois assim aumentamos a chance de controle loco regional do referido paciente”, ressaltaram os especialistas do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM).