Onconews - EMA autoriza datopotamab deruxtecan no tratamento do câncer de mama

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) adotou parecer positivo, recomendando a autorização de comercialização do conjugado datopotamab deruxtecan (Datroway) para o tratamento do câncer de mama, fornecendo aos pacientes uma nova alternativa de tratamento à quimioterapia convencional.

Datopotomab deruxtecan é um conjugado anticorpo- medicamente que se liga a células tumorais que expressam TROP2. O novo agente aumentou a sobrevida livre de progressão comparado à quimioterapia em pacientes com câncer de mama HER2-negativo, receptor hormonal (HR) positivo ou metastático irressecável, após uma ou duas linhas anteriores de terapia sistêmica, como demonstrado no estudo aberto randomizado de fase III TROPION-Breast01.

A decisão da agência europeia foi anunciada pouco depois da aprovação de datopotamab deruxtecan pela Food and Drug Administration dos EUA em 17 de janeiro, diante das evidências do TROPION-Breast01. Neste estudo global, datopotamab deruxtecan demonstrou redução de 37% no risco de progressão da doença versus quimioterapia (razão de risco [HR] 0,63; intervalo de confiança [IC] de 95% 0,52-0,76; p<0,0001) em pacientes com câncer de mama metastático HR-positivo e HER2-negativo, conforme avaliado por revisão central independente cega (BICR). A sobrevida livre de progressão (SLP) mediana foi de 6,9 ​​meses em pacientes tratados com Datroway versus 4,9 meses com quimioterapia.

Apesar do progresso considerável no cenário de tratamento do câncer de mama metastático HR-positivo, HER2-negativo, novas terapias ainda são necessárias para enfrentar o desafio da progressão da doença após quimioterapia endócrina e inicial. A aprovação do datopotamab deruxtecan representa, portanto, um marco terapêutico importante para essa população de pacientes.

O perfil de segurança de datopotamab deruxtecan no estudo TROPION-Breast01 foi consistente com o perfil conhecido deste medicamento, sem novas preocupações de segurança. A maioria dos eventos foi de baixo grau no braço de intervenção e a taxa de doença pulmonar intersticial (DPI) foi de 4,2%.