Estudo de Dufresne et al. publicado no ESMO Open é o primeiro a examinar a prevalência e o impacto prognóstico dos subtipos NY-ESO-1 e HLA-A em pacientes com sarcomas sinoviais metastáticos. Embora tenha identificado que 61% dos pacientes foram positivos para o subtipo NY-ESO-1; 45% para HLA-1 e 25% foram positivos para os dois subtipos, a análise mostrou baixa sobrevida global nessa população de pacientes, com mediana de 26,4 meses, independentemente da expressão ou linha de tratamento.
Sarcomas sinoviais compreendem aproximadamente de 5% a10% de todos os sarcomas de tecidos moles. Embora a maioria dos pacientes com sarcoma sinovial seja diagnosticada com doença localizada, cerca de 50% desenvolverão doença metastática. Neste estudo retrospectivo de coorte, o objetivo foi entender melhor a importância do carcinoma espinocelular esofágico de Nova York 1 (NY-ESO-1) e do subtipo de antígeno leucocitário humano (HLA) na tomada de decisão de tratamento entre pacientes com sarcoma sinovial metastático (mSS).
Os pesquisadores coletaram dados dos pacientes adultos com mSS do banco de dados NetSARC do French Sarcoma Group, suplementados por registros médicos eletrônicos. Amostras de tumor primário foram coletadas e analisadas para expressão de NY-ESO-1 por imuno-histoquímica (IHQ) e status de HLA-A∗02 por sequenciamento de RNA (RNA-seq). A coorte primária incluiu pacientes com amostras de tumor primário disponíveis; o impacto de um tamanho de amostra maior foi explorado incluindo pacientes que tinham uma amostra primária ou metastática (denominada coorte exploratória).
Em 92 pacientes com amostras de tumor primário, os autores descrevem que 25% (n = 23) foram positivos para a expressão de NY-ESO-1 e HLA-A∗02 (duplo positivo). Entre 106 pacientes com dados de IHC, 61% (n = 65) foram positivos para NY-ESO-1, e entre 94 pacientes com dados de RNA-seq, 45% (n = 42) foram positivos para HLA-A∗02. Os resultados mostram que a sobrevida global (SG) mediana para status positivo versus negativo de NY-ESO-1 foi de 35,3 e 21,7 meses, respectivamente (P não ajustado = 0,0428).
“Não observamos nenhuma diferença na SG mediana para pacientes HLA-A∗02 positivos versus negativos e duplo-positivos versus outros (ambos P não ajustado > 0,05). Não houve impacto prognóstico da expressão NY-ESO-1 para sobrevida global, exceto no cenário de primeira linha da coorte exploratória (P = 0,0041)”, concluem os autores.
A íntegra do artigo está disponível em acesso aberto no ESMO Open.