Elisabete Weiderpass (foto), Diretora da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), destacou os 50 anos de atividades da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), comemorado no último dia 25 de abril. A FOSP faz parte da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo e é responsável por programas de rastreamento do câncer e outras iniciativas na atenção oncológica.
Em cerimônia que marcou os 50 anos da FOSP, Weiderpass apresentou as últimas estimativas da carga global do câncer e da carga do câncer no Brasil, assim como reafirmou a importância das melhores práticas e estratégias de rastreamento para o controle do câncer de mama e do câncer cervical.
O Brasil integra a IARC desde 2013 e em período recente fez grandes avanços nos esforços de prevenção, afirmou a diretora da IARC, lembrando que o Brasil passou a adotar a estratégia de dose única em seus programas de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV). A infecção por HPV causa quase todos os casos de câncer cervical. Grande número de casos de outros tipos de câncer, como o câncer de orofaringe e o câncer anal, também são causados pela infecção pelo HPV.
Adeylson Guimarães Ribeiro, diretor adjunto de Informação e Epidemiologia da Fundação Oncocentro de São Paulo, ilustra a importância da FOSP e o alcance de suas atividades. “O que significa o marco de 50 anos da FOSP? Significa que muitos pacientes com câncer de cabeça e pescoço puderam utilizar próteses produzidas na FOSP e recuperar sua autoestima. Significa inúmeros exames de rastreamento para câncer do colo do útero e mama, por ter o maior laboratório que atende o SUS no estado, contribuindo para o diagnóstico precoce e salvando vidas. Significa o gerenciamento há anos de uma base riquíssima de casos hospitalares de câncer de todo o estado de São Paulo, produzindo informação epidemiológica que contribui para a gestão de programas de prevenção e controle, e também com vários projetos de pesquisa na área oncológica”, diz Adeylson.
Criada em 1974 com a proposta de incentivar a pesquisa, o ensino e a assistência em oncologia, a instituição passou a ser denominada Fundação Oncocentro de São Paulo, em 1986. Além das ações de prevenção e controle, a FOSP mantém o serviço de reabilitação bucomaxilofacial para pacientes com sequelas de tumores de cabeça e pescoço, com relevante impacto social, e coordena o Registro Hospitalar de Câncer do Estado de São Paulo.
