A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e o Cancer Care Ontario convocaram um painel de especialistas para desenvolver recomendações baseadas em evidências sobre o tratamento do câncer de próstata metastático resistente à castração, a partir de uma revisão sistemática da literatura.
O estudo considerou agentes que demonstraram benefícios de qualidade de vida e ganhos de sobrevida quando adicionados à privação de androgênio. Nesse contexto, os especialistas incluíram o acetato de abiraterona/prednisona; a enzalutamida e o rádio 223, este último para homens com predomínio de metástases ósseas. Benefícios moderados foram associados a docetaxel + prednisona, também com perfil de toxicidade moderada. Para pacientes previamente tratados com docetaxel, o uso de cabazitaxel/prednisona foi o tratamento de escolha.
O uso de mitoxantrona/prednisona após docetaxel foi associado a um benefício modesto na qualidade de vida, sem ganho de sobrevida global e com alto risco de toxicidade. O painel de especialistas não observou na literatura ganhos significativos nem efeitos graves relacionados à toxicidade com o uso de bevacizumabe, estramustina e sunitinibe, que não têm recomendação no contexto do câncer de próstata metastático resistente à castração.
O guideline foi publicado no JCO, na edição online de 8 se setembro (Systemic Therapy in Men With Metastatic Castration-Resistant Prostate Cancer: American Society of Clinical Oncology and Cancer Care Ontario Clinical Practice Guideline)
Referência: http://jco.ascopubs.org/content/early/2014/09/03/JCO.2013.54.8404
