Diagnóstico e intervenções precoces são a chave para reduzir a mortalidade por câncer e é nesse contexto que cresce a importância da biópsia líquida baseada em biomarcadores. Editorial de Z. Szallasi publicado no Annals of Oncology1 chama a atenção para o recente trabalho de Allenson et al 2 e convida a refletir sobre o papel do KRAS no diagnóstico do adenocarcinoma ductal pancreático.
Células tumorais circulantes, proteínas, DNA e moléculas de RNA são todos potenciais candidatos a testes diagnósticos em biópsia líquida e ganham importância crescente. Um dos mais temidos tumores, o adenocarcinoma ductal pancreático, permanece como um desafio, com sobrevida em 5 anos inferior a 20%, e é nesse cenário que Allenson et al descrevem o promissor papel do KRAS como potencial biomarcador, considerando que mais de 90% dos casos apresentam mutações no codon 12 do gene KRAS.
Os autores mostram que os exossomas são uma fonte de DNA tumoral que pode ser complementar a outras fontes de DNA na biópsia líquida. Os achados de Allenson et al indicaram que um percentual elevado de pacientes com adenocarcinoma de pâncreas localizada apresentou mutações KRAS detectáveis, o que pode ampliar a utilidade desse biomarcador como método de detecção precoce de câncer.
Referências:
1 - Detecting mutant KRAS in liquid biopsies: a biomarker searching for a role - Z. Szallasi - Ann Oncol (2017) 28 (4): 677-678. - DOI: https://doi.org/10.1093/annonc/mdx056 - Published:06 March 2017
2 - High Prevalence of Mutant KRAS in Circulating Exosome-Derived DNA From Early-Stage Pancreatic Cancer Patients - K Allenson et al. Ann Oncol 28 (4), 741-747. 2017 Apr 01.
DOI: https://doi.org/10.1093/annonc/mdx004 - Published: 19 January 2017