A água tratada no Brasil pode concentrar níveis alarmantes de agrotóxicos e outras substâncias químicas e radioativas perigosas, que ampliam o risco de câncer e outros agravos à saúde humana. Levantamento feito pela Repórter Brasil revela que produtos químicos e radioativos contaminaram a água de 763 cidades brasileiras, com índices muito acima dos limites permitidos.
Análises entre 2018 e 2020 a partir do banco de dados do Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano) mostram que 493 município encontraram substâncias cancerígenas na água que sai da torneira - 1 em cada 5 dos que realizaram testes. São Paulo e Florianópolis estão entre os recordistas de contaminação.
O Sisagua é mantido pelo Ministério da Saúde e abastecido com informações das próprias empresas e instituições responsáveis pelo abastecimento. Como método de análise, o Mapa da Água destacou os casos em que o volume de substâncias impróprias estava acima da concentração máxima permitida pelo Ministério da Saúde, ultrapassando os limites de segurança. Além de analisar a presença de agrotóxicos, substâncias orgânicas, inorgânicas e parâmetros radioativos, o mapa considerou todos os resultados do Sisagua para subprodutos da desinfecção, que são substâncias indesejáveis decorrentes do processo de tratamento da água. Segundo o levantamento da Repórter Brasil, o tratamento da água gerou substâncias cancerígenas em 493 cidades brasileiras.
Referências: https://mapadaagua.reporterbrasil.org.br/