No câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) metastático (estádio IV), o anti-PD-L1 durvalumabe em monoterapia ou em combinação com o anti-CTLA4 tremelimumabe não melhorou a sobrevida global em comparação com a quimioterapia padrão (SoC). Os dados do estudo de fase III MYSTIC foram divulgados pela AstraZeneca e pela MedImmune, braço de pesquisa e desenvolvimento biológico da farmacêutica.
O MYSTIC é um estudo de fase III, randomizado, aberto, multicêntrico e global de durvalumabe (Imfinzi) em monoterapia ou em combinação com o anticorpo anti-CTLA4 tremelimumabe versus quimioterapia baseada em platina no tratamento de 1ª linha de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células localmente avançado ou metastático (estádio IV), EGFR e ALK selvagens, e expressão de PD-L1 em 25% ou mais das células cancerígenas.
O ensaio foi realizado em 167 centros de 17 países. Os endpoints primários incluíram sobrevida livre de progressão (PFS) para a combinação e sobrevida global para durvalumabe em monoterapia e em combinação.
“Embora o resultado de sobrevida global não tenha alcançado significância estatística, uma hazard ratio (HR) de 0,76 (97,54% IC 0,564-1,019; p = 0,036) foi observado com durvalumabe em monoterapia; e a terapia combinada teve um HR de 0,85 (98,77% CI 0,611-1,173; nominal p = 0,202); esses dados apoiam novas análises em subgrupos exploratórios”, defendeu a companhia em comunicado.
O durvalumabe está aprovado para o CPNPC estádio III irressecável em mais de 40 países, com base nos resultados do estudo de fase PACIFIC. O medicamento também está aprovado para pacientes com câncer de bexiga avançado previamente tratados em alguns países, incluindo o Brasil.