Vários fatores precisam ser considerados ao tratar tromboembolismo venoso (TEV) associado ao câncer e, embora várias diretrizes de tratamento sejam úteis, elas não refletem a especificidade de cenários que podem surgir na prática clínica. Artigo de Van Cutsen et al. no European Journal of Cancer fornece um resumo das evidências mais recentes e uma abordagem prática para o tratamento de TEV associado ao câncer.
Os autores descrevem o tromboembolismo venoso como uma complicação comum e potencialmente fatal em pacientes com câncer. Tanto o câncer quanto seus tratamentos aumentam o risco de desenvolver TEV. “Historicamente, antagonistas da vitamina K e heparinas de baixo peso molecular (HBPMs) têm sido usados como terapia para TEV associado ao câncer. O desenvolvimento de anticoagulantes orais diretos forneceu opções de tratamento adicionais, que, em certos casos, oferecem vantagens sobre as HBPMs”, comparam.
Neste artigo, Van Cutsen e colegas buscam resumir as evidências mais recentes para o tratamento de TEV associado ao câncer, discutir as considerações práticas envolvidas e compartilhar as melhores práticas para o tratamento de TEV em pacientes com câncer. Com ênfase especial a contextos desafiadores, o trabalho enfoca pacientes com tumores cerebrais, pulmonares, gastrointestinais e geniturinários, além daqueles com malignidades hematológicas.
Além disso, o artigo ainda resume cenários clínicos específicos que exigem considerações adicionais de tratamento, como extremos de peso corporal, náuseas e distúrbios gastrointestinais, função renal comprometida e anemia, sem deixar de lado a relevância das interações medicamentosas.