A combinação de diversas estratégias, como suplementos nutricionais e exercícios, pode ser o método economicamente mais eficiente para o manejo da caquexia em comparação com os cuidados habituais ou abordagens de tratamento único. É o que sugerem os resultados de revisão sistemática publicada no periódico Nutrition and Cancer.
No estudo, os pesquisadores realizaram uma pesquisa abrangente de ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais entre 1º de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2023 usando PubMed, Google Scholar, Clinical Trials Registry, Cochrane Central Register of Controlled Trials, British Medical Journal, National Health Service Economic Evaluation Database e ScienceDirect, seguindo as diretrizes PRISMA. A qualidade dos estudos incluídos foi avaliada usando as diretrizes de relatórios dos Padrões de Relatórios de Avaliação Econômica Consolidada em Saúde.
Foram identificadas seis avaliações econômicas de qualidade elevada a média em quatro países, centradas no câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica e na caquexia associada ao HIV/AIDS. Os resultados indicam que estratégias combinadas de manejo, especificamente o uso de suplementos nutricionais e exercícios, são mais custo-efetivas do que os cuidados habituais para a síndrome de caquexia.
Além disso, dois estudos mostraram que os suplementos dietéticos por si só eram mais custo-efetivos do que os cuidados habituais, e a farmacoterapia mais custo-efetiva do que um placebo.
“A combinação de diversas estratégias, como suplementos nutricionais e exercícios, pode ser o método economicamente mais eficiente para o manejo da caquexia em comparação com os cuidados habituais ou abordagens de tratamento único”, ressaltaram os autores. No entanto, as características restritas e diversas da pesquisa atual dificultam conclusões definitivas”, observaram.
Referência:
Khan, S., Ahmad Javid, S., Ur Rehman, S., Akhtar, Y., & Amir Khan, M. (2024). A Systematic Review of Cost-Effectiveness Analyses Examining Treatments for Cachexia Syndrome. Nutrition and Cancer, 76(7), 584–595. https://doi.org/10.1080/01635581.2024.2353939