Revisão sistemática com foco em cinco testes de expressão gênica amplamente comercializados (Breast Cancer Index®, EndoPredict®, MammaPrint®, Oncotype DX® e Prosigna®) fornece uma oportunidade para avaliar a utilidade de cada um como  prognosticador e/ou preditor do benefício da terapia adjuvante no câncer de mama receptor hormonal em estágio inicial. O trabalho tem participação brasileira, da oncologista Débora Gagliato (foto), da Beneficência Portuguesa de São Paulo, e foi publicado no Journal of Surgical Oncology.

Neste artigo, os autores atualizam uma revisão anterior publicada em 2017, projetada para facilitar a seleção dos testes de expressão gênica (GEAs) para a tomada de decisão. No entanto, apesar do argumento de que o uso de GEAs tem mudado a prática clínica, o nível de evidência dessas ferramentas ainda merece atenção. A revisão observa que vários GEAs permanecem não validados em certas subpopulações de pacientes e que apenas dois ensaios (MammaPrint e Oncotype DX) foram submetidos a grandes ensaios clínicos prospectivos.

“Os ensaios de expressão gênica oferecem uma janela para a biologia intrínseca do tumor para melhor individualizar a seleção da terapia adjuvante”, analisam os autores, para quem essas informações podem ajudar os provedores de cuidados a selecionar adequadamente o tratamento das formas mais comuns de câncer de mama em estágio inicial.

A íntegra do artigo está disponível em acesso aberto.

Referência:

Selecting postoperative adjuvant systemic therapy for early-stage breast cancer: An updated assessment and systematic review of leading commercially available gene expression assays
https://doi.org/10.1002/jso.27692