Revisão publicada 15 de março no British Medical Journal resumiu os recentes avanços nos mecanismos, caracterização clínica e novas estratégias de manejo do comprometimento cognitivo associado ao tratamento de cânceres do sistema nervoso não central.
O comprometimento cognitivo é um efeito colateral debilitante experimentado por pacientes com câncer tratados com terapias sistêmicas. “Com cerca de 19,3 milhões de novos casos de câncer em todo o mundo em 2020 e a taxa de sobrevida de cinco anos crescendo de 50% em 1970 para 67% em 2013, existe uma necessidade urgente de entender os efeitos colaterais duradouros do tratamento do câncer, com graves implicações para a qualidade de vida”, resumem os autores.
A análise tem como autora sênior a oncologista Laura Kenny, do Imperial College, e propõe uma avaliação rigorosa, assim como a caracterização precisa do comprometimento cognitivo em pacientes com câncer, a fim de suportar diretrizes clínicas que possam ser implementadas na prática diária.
Referência: Fleming B, Edison P, Kenny L. Cognitive impairment after cancer treatment: mechanisms, clinical characterization, and management BMJ 2023; 380 :e071726 doi:10.1136/bmj-2022-071726