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Coberturas Especiais

Estudo randomizado de fase 3 (TOP) com participação multicêntrica tem o objetivo de determinar se a combinação de osimertinibe mais quimioterapia pode melhorar a eficácia em comparação com osimertinibe em monoterapia em pacientes com mutações concomitantes de EGFR e TP53. A pesquisa está em fase de desenvolvimento (trial in progress) e foi selecionada para apresentação em poster no ASCO 2024.

Fernanda M. Favorito (foto), da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é primeira autora de poster selecionado no ASCO 2024, que tem como autor sênior o radio-oncologista Fabio Ynoe de Moraes, do Kingston Health Sciences, Canadá (na foto, à direita). A pesquisa mostra diferentes perspectivas sobre inteligência artificial (IA) entre residentes de oncologia e destaca caminhos para promover a diversidade na aplicação médica da IA.

A combinação de cemiplimabe com a vacina ISA101b está sendo estudada em cânceres positivos para HPV16 em vários ensaios clínicos. Estudo de fase 2 com participação do oncologista Carlos Paiva (foto), do Hospital de Câncer de Barretos, e de mais dois centros brasileiros, apresentou no ASCO 2024 os resultados de eficácia e segurança de cemiplimabe + ISA101b em pacientes com câncer cervical HPV16 recorrente que progrediram da doença após quimioterapia de primeira linha.

Um retrato das variantes patogênicas da linha germinativa de uma coorte de mais de 2 mil mulheres brasileiras com câncer de mama mostra que a prevalência de variantes deletérias no Brasil é comparável às coortes publicadas nos EUA e União Europeia, mas os testes genéticos ainda são limitados. O estudo foi aceito para publicação em poster no ASCO 2024 e tem participação de Leandro Oliveira, primeiro autor, e Rodrigo Dienstmann (na foto à direita), autor sênior, ambos pesquisadores da Oncoclínicas.

Pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação de EGFR apresentam alta incidência de metástases leptomeníngeas (LM) após tratamento com TKIs de EGFR de primeira ou segunda geração. Osimertinibe demonstrou eficácia clínica significativa em LM em dose dupla (160 mg), benefício atribuído à sua penetração superior na barreira hematoencefálica. Estudo de fase 2 apresentado no ASCO 2024 mostrou resultados de eficácia clínica, segurança e perfil farmacocinético de 80 mg de osimertinibe para pacientes com LM que exibem resistência a TKIs de EGFR de geração anterior, com novos dados indicando eficácia intracraniana e benefício de sobrevida de 80 mg de osimertinibe no CPCNP, independentemente do status da mutação T790M.

A associação de durvalumabe com monalizumabe ou oleclumabe aumentou a taxa de resposta objetiva e prolongou a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global em comparação com durvalumabe isolado em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas estágio III irressecável. Os resultados são de atualização do estudo COAST apresentado em pôster no ASCO 2024.

Estudo que envolveu pacientes com câncer de cabeça e pescoço tratados com radioterapia em oito centros de câncer da Rede Oncoclínicas no Sudeste do Brasil demonstrou redução estatisticamente significativa na incidência cumulativa de mucosite de qualquer grau com terapia profilática a laser. O trabalho tem como primeira autora a estomatologista Renata Ferrari (foto) e foi selecionado para apresentação em poster no programa científico do ASCO 2024.

Estudo apresentado em Rapid Oral Abstract Session no ASCO 2024 traz dados do estudo EPCORE™ NHL-2 (fase 1/2; NCT04663347), com acompanhamento mais longo para epcoritamabe + rituximabe + lenalidomida (R2) em primeira linha no linfoma folicular (braço 6); e manutenção com epcoritamabe em pacientes com resposta completa ou parcial após 1–2 linhas de tratamento padrão (braço 7).

Análise de longo prazo do estudo DESTINY-Breast03 reforça a superioridade de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) em comparação com trastuzumabe emtansina (T-DM1) em pacientes com câncer de mama HER2+ metastático tratados com ≥1 regime anti-HER2 anterior. Erika Hamilton (foto), oncologista do Sarah Cannon Research Institute, em Nashville, apresentou os resultados na sessão de pôster do ASCO 2024.

O ensaio CARACO é o primeiro ensaio randomizado a mostrar que a linfadenectomia sistemática deve ser omitida no câncer epitelial de ovário avançado em pacientes com linfonodos clinicamente negativos e naquelas submetidas à quimioterapia neoadjuvante e cirurgia completa de intervalo. Resultados apresentados em sessão oral no ASCO 2024 demonstram que esse descalonamento cirúrgico reduziu significativamente a morbidade pós-operatória grave.

Trastuzumabe deruxtecana (T-DXd), aprovado para câncer de mama metastático HER2-positivo e HER2-low em pacientes pré-tratados, foi avaliado no ensaio DESTINY-Breast06 como primeira terapia para pacientes com câncer de mama HR+, HER2-low e HER2-ultralow após terapia endócrina. O estudo tem participação do oncologista Carlos Barrios (foto) e mostra que, em comparação com a quimioterapia padrão, T-DXd melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão, com resultados semelhantes na doença HER2-low e HER2-ultralow.