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Coberturas Especiais

Resultados do primeiro estudo randomizado avaliando a eficácia da quimioterapia (QT) combinada ao transplante de fígado em metástases hepáticas colorretais irressecáveis mostram que a combinação melhorou significativamente a sobrevida em pacientes selecionados em comparação à QT isoladamente.  “Esses resultados argumentam pela validação do transplante de fígado como nova opção padrão que pode mudar a estratégia de tratamento nessa população de pacientes”, destacam os autores.

No ensaio AEGEAN de fase 3, o tratamento perioperatório com durvalumabe (D)+ quimioterapia neoadjuvante melhorou significativamente a sobrevida livre de eventos e resposta patológica completa em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) ressecável, com segurança gerenciável. No ASCO 2024, análise exploratória que envolveu pacientes com status nodal N2 demonstrou melhora clinicamente significativa na eficácia, nenhum impacto adverso nos resultados de cirurgia e perfil de segurança gerenciável.

A redução de volume tumoral (debulking) adicional à terapia sistêmica paliativa de primeira linha padrão não melhorou a sobrevida global de pacientes com câncer colorretal metastático em múltiplos órgãos. É o que sugerem os resultados do estudo de Fase 3 ORCHESTRA, apresentado em sessão oral no ASCO 2024.

Olaparibe neoadjuvante seguido de cirurgia citorredutora foi viável e seguro no câncer de ovário seroso de alto grau sensível à platina recorrente. “Em pacientes com doença ressecável na citorredução secundária, olaparibe isolado no pós-operatório foi tão eficaz quanto a quimioterapia seguida de olaparibe e menos tóxico, sugerindo potencial para uma abordagem livre de quimioterapia nesta população selecionada”, afirmou a oncologista Stephanie Lheureux (foto), do Princess Margaret Cancer Centre, que apresentou os resultados do estudo NEO no ASCO 2024.

O estudo EPCORE NHL-1, que investiga estratégias de mitigar a síndrome de liberação de citocinas (SLC) sem hospitalização obrigatória em pacientes com linfoma folicular recidivado ou refratário (LF R/R) tratados com epcoritamabe, apresentou no ASCO 2024 resultados encorajadores. As medidas de mitigação da SLC melhoraram ainda mais a segurança de epcoritamabe e apoiam seu uso subcutâneo como potencial opção de tratamento ambulatorial pronta para uso.

O oncologista Romualdo Barroso de Sousa, (foto), da Dasa Oncologia, é coautor de estudo que buscou definir o panorama do microbioma intestinal em pacientes com câncer de mama, com achados que mostram composição distinta no microbioma do câncer de mama HR+/HER2+ em relação a outros subtipos, além de uma diferença significativa na abundância de bacteroides ovatus entre os estágios I e III.

A oncologista Laura Testa (foto), do ICESP, é coautora de estudo selecionado em poster no ASCO 2024, que examina a eficácia de tratamentos subsequentes no câncer de mama metastático positivo para receptor hormonal, HER2 negativo (RH+/HER2-), após progressão à terapia com inibidores de ciclinas (iCDK 4/6). O trabalho tem como primeira autora a pesquisadora Lis Victoria Ravani, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e sugere o benefício da continuação de inibidores de CDK4/6 em relação à terapia endócrina após progressão da doença.

Mapeamento apresentado em poster no ASCO 2024 descreve a sobrevida associada à quimioterapia e os marcadores prognósticos no câncer de pênis em um hospital de referência do nordeste brasileiro, no período de 2000 a 2021. O trabalho tem como primeiro autor o oncologista João Paulo Holanda Soares (foto), do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), e representa o maior estudo retrospectivo sobre quimioterapia e resultados de sobrevida nessa população de pacientes.

Resultados atualizados da análise final do estudo DESTINY-Lung02 demonstraram que o tratamento com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) nas doses de 5,4 mg/kg ou 6,4 mg/kg continuou a apresentar respostas fortes e duradouras em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas metastático (CPCNPm) com mutação HER2, consistente com o benefício relatado na análise primária.

O oncologista Johann De Bono (foto), do Royal Marsden NHS Foundation Trust é primeiro autor de análise exploratória do estudo PSMAfore selecionado para sessão oral no ASCO 2024 que avalia associações entre o DNA tumoral circulante basal (ctDNA) e os resultados de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCPRC) virgens de taxano tratados com o radioligante 177-Lu.