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Coberturas Especiais

O desenvolvimento de modelos de inteligência artificial (IA) explicáveis ​​e econômicos garante acessibilidade e transparência e promove a tomada de decisões conjuntas entre clínicos e pacientes no câncer de pulmão. A conclusão é de pesquisadores do instituto de tumores de Milão, que aplicaram ferramentas de IA aos dados clínicos e laboratoriais do estudo APOLLO11, com resultados demonstrando que a IA foi capaz de prever a sobrevida a longo prazo em 1031 pacientes com CPCNP tratados com imuno-oncológicos.

Fernanda Malucelli Favorito (foto) apresenta em poster na ELCC 2025 estudo que analisa os efeitos do status socioeconômico (SES) no diagnóstico e na sobrevida do câncer de pulmão de células não pequenas, considerando duas décadas (2000-2020) de registros da Fundação Oncocentro de São Paulo. Os resultados revelam que menor SES está associado a piores desfechos, enquanto ensino superior e maior renda estão ligados a diagnósticos mais precoces e melhor sobrevida. A análise também mostra que 27% dos pacientes esperaram mais que 60 dias pelo início do tratamento.

Dados atualizados de fulzerasib (FUL) mais cetuximabe (CETU) do estudo de fase II KROCUS foram destacados no ELCC 2025 (LBA 1), em apresentação da oncologista Margarita Majem Tarruella (foto). Os resultados demonstram respostas profundas e duradouras entre os pacientes avaliáveis, com bom perfil de segurança.

ORCHARD é um estudo de plataforma de Fase II, não randomizado, que avalia novas combinações de tratamento em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em pacientes com mutação de EGFR (EGFRm) que progrediram a osimertinibe na primeira linha. Dados mais recentes do módulo 10, o primeiro estudo em humanos de osi + Dato-DXd mostram eficácia promissora e foram destaque no ELCC 2025, em apresentação de Xiuning Le, do MD Anderson Cancer Center.

Savolitinibe (savo) é um inibidor da tirosina-quinase (MET-TKI) oral, potente e altamente seletivo que, quando combinado com osimertinibe (osi), um EGFR-TKI oral de terceira geração, pode superar a resistência adquirida induzida por MET no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado após o tratamento com osi em pacientes com mutação de EGFR (EGFRm). Apresentação da sul-coreana Myung-Ju Ahn (foto) na ELCC 2025 relatou resultados primários do estudo de fase 2 SAVANNAH, demonstrando que a combinação oferece uma opção de tratamento potencial neste cenário, com respostas duráveis e clinicamente significativas.

Na primeira análise interina, o estudo global MATTERHORN mostrou uma melhoria estatisticamente significativa na resposta patológica completa (pCR) com durvalumabe + FLOT (5-fluorouracil, leucovorina, oxaliplatina e docetaxel) perioperatório versus placebo + FLOT em pacientes com câncer gástrico e de junção esofagogástrica (JEG). Agora, no ASCO GI 2024, foram apresentadas análises de subgrupos por região e país para avaliar as taxas de pCR com FLOT e o benefício de durvalumabe + FLOT em toda a população global do estudo. O trabalho tem participação da oncologista brasileira Sulene Oliveira (foto), do serviço de pesquisa clínica da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer.

esofago 24Estudo multicêntrico, randomizado, aberto, de Fase 3 buscou avaliar o papel do camrelizumabe neoadjuvante mais quimioterapia seguida de camrelizumabe adjuvante, versus quimioterapia neoadjuvante isolada em pacientes com carcinoma espinocelular de esôfago localmente avançado ressecável. Os resultados foram selecionados para apresentação em sessão oral no ASCO GI 2024.

gastroesofagica bxO ensaio multicêntrico de Fase 3 DOC GC avaliou a eficácia de docetaxel-oxaliplatina-capecitabina/5 fluorouracil (DOC/F) seguido de docetaxel versus CAPOX/mFOLFOX-7 em pacientes com adenocarcinoma gástrico e de junção esofagogástrica (JEG) avançado e função adequada de órgãos-alvo. Os resultados apresentados em sessão oral no ASCO GI 2024 não demonstraram melhora na sobrevida global com a adição de docetaxel ao regime duplo compreendendo 5-fluorouracil/capecitabina e oxaliplatina.

juliana florinda rêgo 22 bxEnsaio randomizado de fase 3 (EMERALD-1) mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo do tratamento com durvalumabe + bevacizumabe em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável (uHCC) elegíveis para quimioembolização transarterial (TACE), com sobrevida livre de progressão (SLP) mediana de 15,0 vs 8,2 meses em relação a TACE isoladamente (HR = 0,77). Este é o primeiro regime baseado em inibidores de checkpoint imune a mostrar ganho de SLP nessa população, com potencial de estabelecer um novo padrão no uHCC. “O EMERALD-1 foi o primeiro estudo de fase III a mostrar ganho significativo em SLP ao associar durvalumabe e bevacizumabe ao TACE”, observa a oncologista Juliana Florinda Rego (foto).

rachel 22Resultados do ensaio clínico de Fase 3 NETTER-2 apresentados no ASCO GI 2024 demonstraram que o tratamento em primeira linha com o radioligante [177Lu]Lu-DOTA-TATE melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão e as taxas de resposta objetiva em pacientes com tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos de alto grau, potencialmente estabelecendo um novo padrão de tratamento. “Este é o primeiro estudo de fase 3 a avaliar a terapia com radioligantes no cenário de primeira linha para qualquer tumor sólido metastático”, afirmaram os autores. A oncologista Rachel Riechelmann (foto) analisa os resultados.