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Coberturas Especiais

Com 18 meses de acompanhamento adicional desde a análise primária de sobrevida livre de eventos, atualização do estudo de Fase 3 AEGEAN confirma a eficácia de durvalumabe perioperatório como uma nova opção de tratamento para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas ressecável. Os resultados foram apresentados em sessão oral na WCLC 2024 pelo oncologista John Heymach (foto), chefe de oncologia torácica e cabeça e pescoço no MD Anderson Cancer Center.

O oncologista William William (foto), líder nacional de Oncologia Torácica do  Grupo Oncoclínicas, apresentou no WCLC 2024 resultados do estudo PACIFIC BRAZIL, que avaliou a eficácia e segurança do anti PD-L1 durvalumabe como parte de um regime intensificado de quimio-imunoterapia de indução, quimio-imuno-radioterapia concomitante e imunoterapia de consolidação no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) estágio III.  O estudo atingiu seu desfecho primário, demonstrando sobrevida livre de progressão superior aos 12 meses na comparação com os controles históricos. No entanto, em razão das toxicidades observadas e dos resultados negativos do estudo PACIFIC-2, a adição da imunoterapia à quimiorradiação não é justificada. Já o uso de quimioimunoterapia antes da quimiorradioterapia merece exploração em estudos futuros.

Em pacientes com câncer de pulmão de células pequenas em estágio limitado, o tratamento com durvalumabe por até 2 anos melhorou os resultados de sobrevida em comparação com placebo sem um impacto clinicamente significativo na qualidade de vida, funcionamento ou sintomas. É o que demonstra análise de resultados relatados pelo paciente (PROs) apresentada pelo médico especialista em radioterapia Suresh Senan (foto) em sessão mini-oral na WCLC 2024.

Novos dados destacados no WCLC 2024 em apresentação de Marina Garassino (foto), da Universidade de Chicago, mostram que a expressão de TROP2 medida por uma abordagem de patologia computacional, a Pontuação Contínua Quantitativa, foi preditiva dos resultados clínicos de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado ou metastático tratados com datopotamab deruxtecan (Dato-DXd). O modelo preditivo mostrou que Dato-DXd foi mais eficaz que docetaxel em pacientes com positividade para TROP2 em análise exploratória do estudo de fase III TROPION-Lung01.

Resultados do estudo de Fase 2 do NeoCOAST-2 demonstraram que a combinação de durvalumabe com o conjugado de anticorpo-medicamento datopotamabe deruxtecan (Dato-DXd) conferiu melhores taxas de resposta patológica completa entre os regimes avaliados. “O NeoCOAST-2 é o primeiro ensaio de plataforma global de Fase 2 a fornecer evidências de que a combinação de durvalumabe com novos agentes, particularmente Dato-DXd, produz as maiores taxas de resposta patológica completa entre os regimes testados”, afirmou Tina Cascone (foto), do MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas, em Houston, durante apresentação dos resultados na Sessão Presidencial do WCLC 2024.

O conjugado anticorpo-medicamento ifinatamab deruxtecan (I-DXd) mostrou respostas clinicamente significativas em pacientes pré-tratados com câncer de pulmão de células pequenas em estágio extenso. Os resultados são de análise provisória do estudo de Fase 2 IDeate-Lung01 apresentada pelo oncologista Charles Rudin (foto), do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em sessão oral no WCLC 2024.

Questões relacionadas ao custo e à qualidade da amostra estão entre as barreiras à implementação dos testes de biomarcadores para o adequado diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão. É o que mostram os resultados da Pesquisa Global de Testes de Biomarcadores divulgada na abertura da Conferência Mundial sobre Câncer de Pulmão (WCLC 2024), em apresentação de Matthew Smeltzer, da Universidade de Memphis, Tennessee.

Análise selecionada em sessão mini-oral no WCLC 2024 apresentou dados atualizados sobre os mecanismos de resistência a osimertinibe + quimioterapia no câncer de pulmão de células não pequenas avançado com mutação de EGFR relatados no estudo randomizado de Fase III FLAURA 2. Os dados mais maduros mostram que os mecanismos de resistência adquiridos permanecem semelhantes em todos os braços de tratamento, com a mutação C797S mais comum no braço osimertinibe e a amplificação MET em ambos os braços.

O estadiamento do câncer de pulmão é uma etapa fundamental na determinação do prognóstico e da terapia ideal. Revisão sistemática apresentada no WCLC 2024 por Vladmir Cordeiro de Lima (foto), oncologista do AC Camargo Cancer Center, comparou a precisão dos métodos mais usados ​​atualmente para estadiamento do CPCNP: TC (tomografia computadorizada), 18FDG-PET/CT (PET/CT) e mediastinoscopia. O trabalho é do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT).

No estudo de Fase 3 FLAURA2 (NCT04035486), a combinação de osimertinibe mais quimioterapia com platina-pemetrexede melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação com osimertinibe isolado como tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado com mutação de EGFR. Agora, análise post-hoc apresentada em sessão mini-oral no WCLC 2024 busca entender o impacto da carga tumoral na linha de base (caracterizada pelo número de localizações anatômicas e extensão das metástases à distância no início do estudo) nos resultados. Os resultados foram apresentados por Natalia Valdivieso (foto), oncologista do Instituto Nacional de Enfermedades Neoplásicas, Peru.

Jorge Nieva (foto), Chefe da Seção de Tumores Sólidos do USC Norris Comprehensive Cancer Center e membro permanente do Comitê Consultivo de Medicamentos Oncológicos da Food and Drug Administration (FDA), apresentou no WCLC 2024 dados robustos de mundo real sobre a eficácia de osimertinibe como primeira linha de tratamento para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado e mutações incomuns do EGFRm. “Nossos resultados apoiam as diretrizes clínicas atuais que recomendam osimertinibe como opção de tratamento de primeira linha para pacientes com CPCNP avançado e mutações incomuns do EGFR”, destacou.