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A semelhança entre células da trompa de Falópio e tumores ovarianos borderline (TOB) serosos sugere uma possível ligação de origem, como a salpingite, como fator contribuinte na patogênese do TOB. Estudo de caso-controle de base populacional descobriu que a doença inflamatória pélvica diagnosticada antes de tumores ovarianos borderline foi associada a TOB serosos, mas não aos mucinosos. “Esses achados sugerem que infecções da trompa de Falópio e do tecido circundante podem elevar o risco de TOB serosos”, analisam os autores.

Mais de uma dúzia de espécies bacterianas do microbioma oral foram associadas a um risco 50% maior de desenvolver carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. “As bactérias e os complexos bacterianos identificados são promissores, juntamente com outros fatores de risco, para identificar indivíduos de alto risco para prevenção personalizada da doença”, afirmaram os autores do estudo publicado no JAMA Oncology.

Estudo de coorte dinamarquês baseado no registro nacional de saúde avaliou se a vacinação contra a influenza reduz a mortalidade geral e os resultados secundários que necessitam de tratamento, pneumonia, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e tromboembolismo venoso em pacientes com câncer. Os resultados foram publicados na Cancer, periódico da American Cancer Society.

U.S Food and Drug Administration (FDA) aprovou osimertinibe (Tagrisso®, Astrazeneca) para pacientes adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em estágio III localmente avançado e irressecável que não apresentaram progressão da doença durante ou após a quimiorradioterapia à base de platina e cujos tumores apresentam deleções do éxon 19 do EGFR ou mutações do éxon 21 L858R. Publicada no dia 25 de setembro, a decisão é baseada nos resultados do ensaio clínico LAURA, apresentado no ASCO 2024 e publicado simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).

Nos Estados Unidos, as disparidades raciais/étnicas na adoção de práticas baseadas em evidências persistem ao longo do tratamento para o câncer de mama. Revisão com participação dos brasileiros Matheus José Barbosa Moreira, Gabriela Rangel Brandão, Bruno Murad Carvalho, Ana Carolina Comini, Carlos Alberto Campello Jorge, Isabele Ayumi Miyawaki,  Beatriz Soares Pessôa, Pedro Reis, Caroliny Silva, Debora Xavier e Felipe Batalini foi selecionada para apresentação em poster no ASCO Quality Care Symposium 2024, sintetizando evidências sobre intervenções eficazes para reduzir essas disparidades, especialmente entre minorias étnicas e raciais.

Análise secundária do estudo Aspirin in Reducing Events in the Elderly (ASPREE) demonstrou maior risco de acidente vascular cerebral (AVC), infarto e internação hospitalar por insuficiência cardíaca em sobreviventes de câncer mais velhos. “A quimioterapia também foi associada a taxas mais elevadas dessas condições”, afirmaram os autores do trabalho publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society (ACS).

A obesidade é um fator de risco conhecido para certos tipos de câncer. Revisão sistemática da literatura e meta-análise de estudos de coorte avaliou associações entre fenótipos de obesidade metabólica e risco geral e específico de câncer. A análise revela que indivíduos obesos e com sobrepeso com disfunção metabólica têm risco aumentado para 10 tipos de câncer: mama pós-menopausa, endométrio, colorretal, tireoide, pâncreas, vesícula biliar, bexiga, estômago, rim e fígado.

Com a crescente demanda por cuidados paliativos e o aumento das taxas de sobrevida ao câncer, há uma necessidade urgente de treinar futuros profissionais de saúde em princípios de cuidados paliativos, especialmente para oncologia. Programa da Universidade de Stanford apresentado no ASCO Quality Care Symposium 2024 relatou o desenvolvimento e a implementação bem-sucedidos de um modelo que educa estagiários da graduação médica ou pós-graduação em temas centrais de cuidados paliativos e oncologia, ao mesmo tempo em que beneficia imediatamente os pacientes e as equipes de saúde.

O teste molecular para papilomavírus humano (HPV) está gradualmente substituindo a citologia no rastreamento do câncer cervical. Estudo de base populacional comparou dados de 4140 mulheres de 20 a 64 anos que participaram de um rastreamento organizado e foram testadas por cinco métodos diferentes. Em um acompanhamento de 9 anos, as análises mostram que os testes de HPV foram comparáveis ​​em segurança, com proteção mais efetiva contra lesões precursoras do que a citologia, mas diferiram na especificidade longitudinal, nas taxas de encaminhamento associadas e na capacidade de definir riscos específicos do HPV. “O teste de HPV usando uma abordagem baseada em risco é o melhor caminho a seguir no rastreamento do câncer cervical”, analisam os autores.

Uma parceria acadêmica foi capaz de educar com sucesso os membros de uma comunidade nativa exposta ao radônio, promovendo ações que reduziram o risco de exposição e, consequentemente, o risco de desenvolver câncer de pulmão. Os resultados estão entre os destaques do ASCO Quality Care Symposium 2024, que acontece de 27 a 28 de setembro, em São Francisco, Califórnia.