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Coberturas Especiais

Biopsia Liquida NET OKO DNA tumoral circulante (ctDNA) tem demonstrado grande potencial como biomarcador não invasivo em linfomas sistêmicos. Agora, estudo destacado em Sessão Plenária na ASH 2021 utilizou tecnologias de sequenciamento para explorar o papel do ctDNA em linfomas do sistema nervoso central (LSNC), com resultados que projetam a biopsia líquida como valioso biomarcador para estratificação de risco, com potencial de predizer resultados clínicos e a classificação de LSNC, poupando os pacientes de cirurgia invasiva.

frederick locke 400x225A 63ª edição da ASH apresenta em Sessão Plenária os resultados do ZUMA-7 (NCT03391466), um estudo global, randomizado, de Fase 3, que avaliou a terapia celular CAR T com Axicabtagene Ciloleucel (Axi-Cel/ Yescarta®) versus terapia padrão em pacientes com linfoma de grandes células B recorrente ou refratário (LBCL R / R). Os dados mostram benefício clínico e estatisticamente significativo com a terapia celular CAR T, com sobrevida livre de eventos mais que 4 vezes superior ao padrão de tratamento (8,3 meses versus 2,0 meses; HR 0,398, p <0,0001), o dobro da taxa de resposta completa e perfil de segurança manejável. Diante desses resultados, Axi-Cel demonstrou que pode substituir a quimioimunoterapia e o transplante autólogo como padrão de segunda linha nessa população de pacientes. Nesta análise, foram considerados pacientes ≥18 anos com LBCL, ECOG PS 0–1, doença R / R ≤12 meses e tratamento prévio com anticorpo monoclonal anti-CD20 e antraciclina. O estudo teve publicação simultânea na New England Journal of Medicine (NEJM). 

MAIOLINO NET OKApresentado no ASH 2021, o estudo de Fase III GMMG-HD7 demonstrou que pacientes com mieloma múltiplo recém-diagnosticado que receberam o anticorpo monoclonal anti-CD38 isatuximabe em adição à terapia de indução padrão com lenalidomida, bortezomibe e dexametasona (RVd) foram significativamente mais propensos a alcançar doença residual mínima negativa em comparação com aqueles que receberam apenas RVd. “Este é o primeiro estudo de fase III a desafiar com sucesso um padrão de tratamento amplamente utilizado. Nossos resultados apoiam este tratamento como um novo padrão de tratamento em pacientes elegíveis para transplante com mieloma recém-diagnosticado”, afirmam os pesquisadores. Ângelo Maiolino (foto), professor de hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador de hematologia do Americas Centro de Oncologia Integrado, comenta os resultados.

ASH Sangue NET OKO uso de corticosteroides antes da infusão da terapia celular com axicabtagene ciloleucel (Axi-Cel/ Yescarta®) tem o potencial de impactar o perfil de risco, como demonstram as coortes pivotais do ensaio ZUMA-1. Agora, a ASH 2021 apresenta análise apoiada por propensity score matching, demostrando que em ≥1 ano de acompanhamento, a intervenção profilática e precoce com corticosteroide e / ou tocilizumabe continuou a demonstrar perfil de segurança administrável, reduzindo a incidência e gravidade da síndrome de liberação de citocinas e eventos neurológicos em pacientes com linfoma de grandes células B (LBCL) refratário tratados com Axi-Cel.

marcelo capra bxEstudo de Fase Ib/II que avaliou nanatinostat (Nstat) e valganciclovir (VGCV) em pacientes com linfoma recorrente ou refratário associado ao Vírus Epstein-Barr (EBV+) foi destaque na ASH 2021, selecionado em sessão oral. O hematologista Marcelo Capra (foto), do Hospital do Câncer Mãe de Deus, Porto Alegre, é coautor do trabalho (VT3996-201).

HEMATOSelecionado para apresentação na 63ª ASH, estudo de mundo real realizado no Reino Unido mostrou resultados de eficácia e segurança do anticorpo isatuximabe (Sarclisa®, da Sanofi Genzyme) com pomalidomida e dexametasona (IsaPomDex) em pacientes com mieloma múltiplo recidivado/ refratário (MMRR). “No ambiente de cuidados de rotina, os resultados de sobrevida livre de progressão (SLP) e taxa de resposta global (ORR) foram comparáveis aos dados do ensaio ICARIA”, destacam os autores.

thales 21 bxThales Paulo Batista (foto), cirurgião oncológico do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) e do Real Instituto de Cirurgia Oncológica, em Recife, é primeiro autor de estudo de Fase II selecionado para apresentação em pôster no encontro anual da Sociedade de Ginecologia Oncológica (SGO 2021). O estudo avaliou o papel da quimioterapia hipertérmica intraperitoneal (HIPEC) de curta duração no câncer de ovário avançado com grande volume de doença.

vandre carneiro bxO cirurgião oncológico Vandré Carneiro (foto), médico do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) e do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), é primeiro autor de estudo brasileiro que buscou avaliar a segurança e eficácia da histerectomia simples no câncer cervical em estágio inicial. Os resultados foram apresentados no SGO 2021 Annual Meeting on Women’s Cancer pelo cirurgião Glauco Baiocchi, diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center.

vicky makker bxEstudo de Fase III que avaliou a combinação de lenvatinibe (LEN) + pembrolizumabe (pembro) no câncer endometrial avançado foi um dos destaques do encontro anual da Sociedade de Ginecologia Oncológica (SGO 2021), em apresentação de Vicky Makker (foto), oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center. O estudo atingiu seus principais endpoints e LEN + pembro demonstrou benefício clínico e estatisticamente significativo de sobrevida livre de progressão (7,2 versus 3,8 meses; HR= 0.56, P < .0001) e sobrevida global (18,3meses vs 11,4 meses; HR = 0.63, P < .0001) em toda a população avaliada.

andreas obermair bxUm dispositivo intrauterino (DIU) que libera o hormônio levonorgestrel demonstrou eficácia no tratamento de pré-câncer de endométrio e doença em estágio inicial. Os resultados do estudo foram apresentados no SGO 2021 Annual Meeting on Women’s Cancer por Andreas Obermair (foto), professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Queensland, em Brisbane, Austrália, e primeiro autor do trabalho.

william bradley bxEm mulheres com câncer de ovário avançado BRCA-mutado, a terapia de manutenção com olaparibe (Lynparza®, Astrazeneca) por dois anos após o tratamento primário aumenta significativamente a sobrevida livre de progressão em cinco anos. Os resultados do acompanhamento de longo prazo do estudo SOLO1 foram apresentados no encontro anual da Sociedade de Ginecologia Oncológica (SGO 2021) por William Bradley (foto), professor associado do Medical College of Wisconsin e primeiro autor do trabalho.