Nab-paclitaxel na adjuvância do câncer de pâncreas
Margaret A. Tempero, da Universidade da Califórnia, é a primeira autora do estudo APACT selecionado para apresentação oral dia 2 de junho na ASCO 2019, que avaliou o uso adjuvante de nab-paclitaxel em pacientes com adenocarcinoma de pâncreas virgens de tratamento, após cirurgia de ressecção completa (Abstract#: 4000).
Na ASCO 2019, os oncologistas Anelisa Coutinho e Gabriel Prolla, do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), comentam o que foi destaque na sessão oral de câncer do cólon. Na adjuvância, nova análise do IDEA avaliou a não-inferioridade de três meses versus seis meses de tratamento com FOLFOX/CAPOX, agora em pacientes com câncer colorretal estádio II de alto risco. Assista.
Em vídeo gravado na ASCO 2019, Gilberto Castro, Clarissa Baldotto e Vladmir Lima, do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), avaliam os trabalhos apresentados na sessão oral de câncer de pulmão pequenas células (CPPC) e não pequenas células (CPNPC). Entre os destaques, estudo que avaliou quimioterapia adjuvante no CPNPC estádio I, em pacientes com critérios de alto risco. A imunoterapia neoadjuvante também mostrou resultados em diferentes estratégias, ainda à espera de validação. No CPPC, nova promessa para a segunda linha. Assista.
O estudo clínico da fase Ib KEYNOTE-001 mostrou que pembrolizumabe (Keytruda®) aumentou a sobrevida de parcela dos pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células avançado (CPNPC), com resultados históricos. Após cinco anos, 23,2% dos pacientes sem quimioterapia prévia e 15,5% daqueles que receberam pembro+químio estavam vivos, com benefício superior em pacientes com maior expressão de PD-L1. O trabalho liderado pelo oncologista Edward Garon (foto), médico e professor da Universidade da Califórnia, Los Angeles/EUA, foi selecionado para poster discussion no domingo, 02 de junho.
Estudo apresentado por Hirotsugu Kenmotsu (foto), da Divisão de Oncologia Torácica do Shizuoka Cancer Center, Japão, avaliou a eficácia da combinação de pemetrexede + cisplatina em comparação com vinorelbina + cisplatina em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células não escamosas estádios II-IIIA completamente ressecados. Os resultados mostram que a combinação teve eficácia semelhante, com melhor tolerabilidade.
O papel da quimioterapia adjuvante no câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) estádio I é controverso. Agora, estudo apresentado na ASCO 2019 por Yasuhiro Tsutani (foto), da Hiroshima University, Japão, demonstrou que o tratamento adjuvante pode melhorar a sobrevida de pacientes com CPNPC estádio I com fatores de alto risco para recorrência.
O oncologista Max Mano (foto) é primeiro autor de estudo apresentado na Sessão de Pôster da ASCO 2019, com os resultados de um survey enviado a cerca de 8 mil membros de sociedades médicasde oncologia latino-americanas. O objetivo foi avaliar competências de liderança, no esteio de Citaku et el, autores que identificaram um conjunto de competências em líderes norte-americanos e europeus envolvidos com a educação médica.
Os dados do International Duration Evaluation of Adjuvant Chemotherapy (IDEA) Collaboration estão novamente em destaque na ASCO, agora com apresentação dos resultados de uma análise prospectiva pré-planejada de pacientes com câncer colorretal estádio II de alto risco em 4 estudos randomizados de fase III conduzidos concomitantemente (SCOT, TOSCA, ACHIEVE-2, HORG). O objetivo foi avaliar a não-inferioridade de três meses de tratamento com FOLFOX/CAPOX adjuvante em comparação com seis meses nessa população. O oncologista Timothy Iveson (foto), do Hospital Universitário Southampton NHS Foundation Trust, Reino Unido, é o primeiro autor.
Em pacientes com câncer de cólon estádios II e III de alto risco, a sobrevida livre de doença em três anos depende do regime adjuvante administrado, e a escolha e duração da quimioterapia devem ser personalizadas. Os resultados são da participação do Hellenic Oncology Research Group (HORG) no estudo IDEA (International Duration Evaluation of Adjuvant Chemotherapy Collaboration) e foram apresentados na ASCO 2019 por Ioannis Sougklakos (foto), professor de oncologia na Universidade de Creta, Grécia.
O oncologista Thiago Bueno, do A C Camargo Cancer Center, é primeiro autor de estudo brasileiro apresentado sábado, 1º de junho, na sessão de pôster da 55ª ASCO (Abstract #: 6061).
Daniel D’Almeida Preto, do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor), é o primeiro autor de estudo aceito para publicação eletrônica na ASCO 2019, avaliando o impacto da sequência de antraciclinas e taxanos na quimioterapia neoadjuvante no câncer de mama HER2-negativo. Os resultados da experiência institucional com 235 pacientes mostram que a sequência de tratamento não influenciou a resposta patológica completa ou os resultados de sobrevida na população avaliada. O trabalho tem como autor sênior o oncologista Cristiano de Pádua Souza, também de Barretos.