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Coberturas Especiais

O oncologista Carlos Gil Ferreira (foto), Presidente do Instituto Oncoclínicas e membro do conselho da Associação Internacional para Pesquisa e Tratamento do Câncer de Pulmão (IALSC), coordena o workshop “Desafios e Futuro do Câncer de Pulmão na América Latina”, que integra o programa científico do WCLC 2024 e reúne nomes de expressão da oncologia torácica brasileira.

Pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação de EGFR após tratamento com inibidores de tirosina quinase (TKIs) de EGFR de primeira ou segunda geração apresentam alta incidência de metástases leptomeníngeas (ML). Estudo apresentado no WCLC 2024 avaliou a eficácia, segurança e farmacocinética de 80 mg de osimertinibe em pacientes com ML resistentes a TKIs de EGFR, com resultados que demonstram atividade intracraniana significativa e benefício de sobrevida nessa população de pacientes, independentemente do status da mutação T 790M.

Estudo selecionado no programa do WCLC 2024 buscou identificar os fatores associados ao diagnóstico do câncer de pulmão em estágio inicial no Brasil e mostrou que, além das diferenças regionais que desafiam o acesso, o nível de escolaridade foi o fator mais decisivo associado à detecção precoce. O trabalho tem como primeira autora a pesquisadora Isabel Emmerick (foto), da UMass Chan Medical School, e como autor sênior Mário Jorge Sobreira da Silva (foto), do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Selecionado no programa do WCLC 2024, estudo de Rodrigo Dienstsman (foto) e colegas buscou avaliar a sobrevida global no mundo real de uma coorte de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) metastático após tratamento paliativo de primeira linha com inibidores de tirosina quinase (TKIs) e imunoterapia (IO). Os resultados corroboram a importância de conhecer o perfil molecular, indicando melhores resultados entre pacientes que receberam terapias-alvo, em especial aqueles tratados com TKIs.

Estudo destacado no programa científico do WCLC 2024 apresentou resultados da análise de segurança do estudo de Fase 3 (LAURA) que avaliou osimertinibe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado com mutação EGFR em estágio III irressecável sem progressão da doença, durante/após quimiorradioterapia. Os dados mostram que o perfil de segurança foi manejável, dentro do esperado, e apoiam osimertinibe como novo padrão de tratamento para essa população de pacientes.

Tumores epiteliais tímicos (TETs) são tumores malignos raros com opções limitadas de tratamento. Nenhum tratamento padrão de segunda linha está disponível após a quimioterapia de primeira linha preferida, o que se reflete em resultados limitados e prognóstico ruim. Estudo apresentado no WCLC 2024 com participação dos brasileiros Vladmir Cordeiro de Lima e Helano de Freitas (foto), do AC Camargo Cancer Center, sugere que os inibidores de tirosina quinase (TKIs) representam uma opção de tratamento viável em TETs avançados.

O brasileiro Fábio Ynoe de Moraes (foto), médico especialista em radioterapia e diretor do Programa Global de Oncologia da Queen's University, em Kingston, Canadá, é um dos organizadores da 2024 World Conference on Lung Cancer, que acontece de 7 a 10 de setembro em San Diego. Na edição deste ano, a Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer de Pulmão (IASLC, na sigla em inglês) celebra 50 anos de colaboração internacional e educação em oncologia torácica.

Mirvetuximabe soravtansina demonstrou atividade antitumoral clinicamente significativa e tolerabilidade favorável em pacientes com câncer de ovário recorrente sensível à platina com alta expressão do receptor alfa de folato (FRα). Os resultados são do estudo PICCOLO, apresentado em sessão mini-oral no ESMO 2024.

ABBV-400, um novo conjugado anticorpo-droga (ADC) direcionado à proteína c-Met, está sendo avaliado em tumores sólidos avançados e um estudo de Fase 1 em andamento (NCT05029882). No escalonamento de dose (N=57), ABBV-400 demonstrou perfil de segurança tolerável e eficácia promissora. Agora, em sessão mini-oral no ESMO 2024, foram apresentados os resultados de expansão de dose da coorte de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas EGFR selvagem.

Dados apresentados no ESMO 2024 por Arun Azad (foto), oncologista do Peter MacCallum Cancer Centre, apoiam o papel de 177Lu-PSMA no câncer de próstata metastático hormônio sensível, em pacientes com alto volume de doença. O uso de 177Lu-PSMA seguido por docetaxel melhorou os resultados clínicos desses pacientes em comparação com docetaxel isoladamente, sem aumentar a toxicidade.

Resultados do ensaio ROME relatados no ESMO 2024 demonstram que uma abordagem de tratamento baseada no perfil mutacional e na discussão de um Molecular Tumor Board (MTB) melhora significativamente a taxa de resposta e a sobrevida livre de progressão em comparação com o padrão de tratamento em pacientes com tumores sólidos metastáticos pré-tratados.