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Revisão sistemática e análise quantitativa avaliou os resultados oncológicos para pacientes com pequenas massas renais que passaram por vigilância ativa em comparação com intervenções cirúrgicas. Os resultados publicados no European Urology Oncology demonstram sobrevida global semelhante entre as duas abordagens. “No entanto, as evidências ainda são limitadas e mais estudos são necessários para ajudar a identificar os melhores candidatos para vigilância ativa”, observam os autores.

O carcinoma espinocelular vulvar (VSCC), uma rara malignidade ginecológica, tem aumentado em incidência. “A classificação molecular com base no vírus do papiloma humano (HPV) e no status da proteína tumoral 53 (p53) identificou três subtipos clinicamente distintos, mas ainda tratamos todos os casos de VSCC da mesma forma”, destacam Helen Mackay e colegas, em trabalho que revisa a classificação molecular do VSCC, descreve o cenário atual de tratamento e destaca o potencial para terapias-alvo na doença avançada.

Fumar após o diagnóstico de câncer aumenta a mortalidade e o risco de segundo câncer, enquanto a cessação do tabagismo durante ou após um diagnóstico de câncer melhora a sobrevida, como demonstram dados do MD Anderson Cancer Center, indicando que a abstinência em 3 meses, 6 meses e 9 meses após o início do tratamento antitabaco reduziu a mortalidade em todos os tipos de câncer em 26%, 22% e 16%, respectivamente. Esses resultados fornecem a mais forte evidência até o momento da importância de receber o mais cedo possível tratamento para parar de fumar após o diagnóstico de câncer.

Os idosos representam cerca de 60% dos pacientes com câncer recém-diagnosticados, população que tem maior risco de toxicidades com medicamentos anticâncer em razão das comorbidades e alterações fisiológicas relacionadas à idade. Revisão que considerou a segurança de medicamentos oncológicos em pacientes idosos fornece informações que podem otimizar o tratamento sistêmico e valorizar uma abordagem preventiva para esta população vulnerável, enfatizando características únicas de cada classe terapêutica.

Estudos de coorte já relatados mostraram achados conflitantes sobre as associações entre obesidade e risco de câncer de tireoide. Meta-análise que revisou as principais bases de dados concluiu que a obesidade foi significativamente associada ao risco aumentado de câncer de tireoide. Os resultados estão na Nutrition and Cancer, em artigo de Hisan et al.

Estudo publicado no periódico Cancers explora o impacto de fatores do estilo de vida moderno, como exposição à luz artificial, trabalho em turnos e hábitos alimentares, no relógio interno do nosso corpo e sua associação com o aumento dos depósitos de gordura corporal e risco de câncer. “Esta revisão mostra como os hábitos modernos levam a mudanças moleculares no cortisol e na melatonina, criando microambientes adiposos que dão suporte ao desenvolvimento do câncer”, destacam os autores.

Testes de sangue de DNA livre de células (cf-bDNA) e teste fecal de última geração têm o potencial de mudar o rastreamento do câncer colorretal (CCR). Estudo que  buscou estimar os impactos clínicos e econômicos dos novos métodos de rastreamento do CCR concluiu que testes de biópsia líquida baseados em cf-bDNA são uma opção para indivíduos que não aceitam outras alternativas disponíveis, mas não são tão eficazes quanto a colonoscopia ou o teste fecal. “A primeira geração de testes a partir do sangue representa  um novo e empolgante paradigma na triagem do câncer colorretal, mas, por enquanto, se puder fazer colonoscopia ou teste fecal, não mude para um exame de sangue”, disse Uri Ladabaum (foto), professor de gastroenterologia da Stanford Medicine e primeiro autor do artigo, publicado no Annals of Internal Medicine.

Quando os cuidados paliativos devem ser iniciados para reduzir a probabilidade de cuidados agressivos no fim da vida para pacientes com câncer de ovário? Estudo de coorte com 8.297 indivíduos com câncer de ovário mostrou que iniciar os cuidados paliativos mais de 3 meses antes da morte foi associado a menores taxas de óbito hospitalar, quimioterapia tardia, admissão na unidade de terapia intensiva e cuidados agressivos no fim da vida. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open.

A agência norte-americana U.S.Food and Drug Administration concedeu aprovação acelerada para asciminib (Scemblix®, Novartis) no tratamento de pacientes adultos recém-diagnosticados com leucemia mieloide crônica (LMC) em fase crônica cromossomo Filadélfia positivo (Ph+). A decisão é baseada nos resultados no estudo ASC4FIRST, apresentado em Sessão Plenária no ASCO 2024 e publicado na New England Journal of Medicine (NEJM).

A Sociedade Europeia de Oncologia Ginecológica, a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia e a Sociedade Europeia de Endoscopia Ginecológica desenvolveram diretrizes conjuntas e baseadas em evidências, com foco em aspectos-chave das estratégias de preservação da fertilidade e acompanhamento de pacientes com câncer cervical, câncer de ovário e tumores ovarianos limítrofes. Os resultados reforçam que a experiência multidisciplinar é fundamental para que os pacientes preservem o potencial de fertilidade durante e após o tratamento do câncer.