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A integração de medidas de resultados relatados pelo paciente (PROMs) afeta os desfechos do tratamento do câncer? Atualização de revisão sistemática e meta-análise incluindo 45 ensaios clínicos randomizados que avaliam o uso de PROMs para pacientes em tratamento anticâncer ativo demonstrou que a integração de PROMs ao tratamento melhorou a sobrevida geral e a qualidade de vida relacionada à saúde com certeza moderada. “Esses resultados sugerem que a integração da perspectiva do paciente ao tratamento do câncer pode melhorar os resultados do paciente e a utilização de recursos de saúde”, destacaram os autores em artigo publicado no JAMA Network Open.

À medida que os serviços de rastreamento do câncer de mama avançam em direção ao uso de inteligência artificial (IA), conhecer o olhar da mulher e a opinião pública feminina sobre a introdução dessas novas tecnologias é vital para manter a confiabilidade do sistema de saúde e apoiar os tomadores de decisão a responder aos valores e prioridades da população. “Os serviços de triagem devem demonstrar forte governança para manter o controle clínico, demonstrar excelente desempenho do sistema de IA, garantir proteção de dados e mitigação de vieses, além de dar boas razões para justificar a implementação”, destaca estudo de pesquisadores australianos publicado na The Breast.

O estudo ARTICUNO avaliou retrospectivamente dados sobre a atividade de osimertinibe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado com mutações pouco comuns do EGFR (uEGFR) tratados em 21 centros clínicos entre agosto de 2017 e março de 2023. “Este é o maior conjunto de dados de CPNPC com alterações incomuns de EGFR tratados com osimertinibe”, destacam os autores em artigo publicado no ESMO Open. A oncologista Clarissa Baldotto (foto), Diretora do Núcleo de Integração Oncológica at Oncologia D'Or, analisa os resultados.

Diretrizes profissionais, como as do Choosing Wisely, tentaram reduzir exemplos específicos de uso excessivo de assistência médica, um desafio crescente para sistemas de saúde e pacientes em todo o mundo. Estudo que avaliou o uso de tomografia por emissão de pósitrons de vigilância (PETCT) em pacientes com câncer colorretal tratados com intenção curativa mostrou que, apesar de várias diretrizes advogando contra o uso de PETCT para vigilância desses pacientes, ainda há grande volume de PETCTs realizados em discordância com as recomendações.

Estudo de Dufresne et al. publicado no ESMO Open é o primeiro a examinar a prevalência e o impacto prognóstico dos subtipos NY-ESO-1 e HLA-A em pacientes com sarcomas sinoviais metastáticos. Embora tenha identificado que 61% dos pacientes foram positivos para o subtipo NY-ESO-1; 45% para HLA-1 e 25% foram positivos para os dois subtipos, a análise mostrou baixa sobrevida global nessa população de pacientes, com mediana de 26,4 meses, independentemente da expressão ou linha de tratamento.

Marcela Vieira Lordelo (foto), do Hospital de Câncer de Barretos, é primeira autora de estudo randomizado que avaliou a aceitação, completude e preferência de diferentes métodos de coleta de material para o rastreamento do câncer do colo do útero em mulheres residentes nas áreas de baixa renda na cidade de Barretos. Os resultados foram publicados na PlosOne e mostram que métodos que podem ser oferecidos em visita domiciliar incentivam maior aceitação e conclusão da triagem.

O conjugado de anticorpo-medicamento trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, AstraZeneca e Daiichi Sankyo) recebeu a designação de terapia inovadora (do inglês, BTD - Breakthrough Therapy Designation), para o tratamento de pacientes com câncer de mama HER2-low (IHC 1+ ou IHC 2+/ISH-) ou HER2-ultralow (IHC >0 <1+) metastático ou irressecável que receberam duas linhas de terapia endócrina no cenário metastático, ou uma linha de terapia endócrina em caso de progressão da doença dentro de seis meses do início do tratamento de primeira linha com terapia endócrina em combinação com um inibidor de CDK4/6, ou dentro de 24 meses do início da terapia endócrina adjuvante. A decisão da agência norte americana Food and Drug Administration (FDA) foi baseada nos dados do ensaio de fase 3 DESTINY-Breast06, apresentado em sessão oral no ASCO 2024.

Um modelo de risco demonstra que a capacidade de prever a pancreatectomia fútil pode ajudar a selecionar pacientes para ressecção inicial ou terapia neoadjuvante no adenocarcinoma ductal pancreático, como relatam Crippa et. al, no Jama Sugery. Felipe José Fernandez Coimbra (foto), líder do Centro de Referência de Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C.Camargo Cancer Center, analisa o estudo.

Em um corredor no andar térreo do prédio central do HCor, no bairro do Paraíso em São Paulo, uma porta dá acesso a uma das maiores promessas da ciência na pesquisa e tratamento do câncer: um biobanco de tumores e de biópsia líquida com foco em células tumorais circulantes (CTCs), coordenado pela farmacêutica bioquímica Ludmilla Thomé Domingos Chinen (foto). Identificado com uma placa que traz os nomes de Telmo Porto e Laís Zogbi Porto, o biobanco de tumores nasceu de um sonho. “Telmo teve um glioblastoma e queria que seu tumor fosse armazenado para pesquisas futuras. Ele e a esposa doaram recursos e foi desse ideal que veio a construção do biobanco, concluída em 2023”, explica Ludmilla.

O tratamento cirúrgico do câncer de mama passou progressivamente da mastectomia radical para a cirurgia conservadora da mama. Meta-análise de Tian et al. publicada na The Breast comparou a cirurgia oncoplástica  com a cirurgia conservadora da mama convencional em termos de eficácia e segurança, com achados que favorecem a oncoplástica nos principais desfechos avaliados, incluindo redução significativa da taxa de reexcisão, redução da taxa de recorrência local e redução de margens cirúrgicas positivas, além de maior satisfação cosmética. Comenta o trabalho, Cícero Urban (foto), mastologista e especialista em cirurgia oncológica do Hospital Nossa Senhora das Graças e do Centro de Doenças da Mama em Curitiba.

A U.S Food and Drug Administration (FDA) aprovou durvalumabe (Imfinzi®, AstraZeneca) com quimioterapia contendo platina como tratamento neoadjuvante, seguido por durvalumabe isolado como tratamento adjuvante após cirurgia para adultos com câncer de pulmão de células não pequenas ressecável (tumores ≥ 4 cm e/ou linfonodo positivo) sem mutação conhecida do EGFR ou rearranjos ALK. Publicada no dia 15 de agosto, a decisão é baseada nos resultados do estudo AEGEAN.