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Em análise secundária do estudo IDEAL, ensaio de risco de recorrência de expressão de 70 genes identificou pacientes com tumores de baixo risco que poderiam se beneficiar da terapia endócrina estendida de 5 anos versus 2,5 anos. “Essas descobertas sugerem que este ensaio de expressão gênica pode ir além de orientar decisões de quimioterapia neoadjuvante e adjuvante para informar a duração ideal da terapia endócrina adjuvante”, afirmaram os autores. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology.

A prolactina, um hormônio produzido pela glândula pituitária, regula o desenvolvimento da mama e pode contribuir para a etiologia do câncer de mama. No entanto, a maioria dos estudos epidemiológicos de prolactina e câncer de mama foram restritos. Agora, Jacob K. Kresovich e colegas relatam os resultados do consórcio Biomarkers in Breast Cancer Risk Prediction, agrupando análises de quatro estudos prospectivos com 8.279 mulheres na pós-menopausa. A análise mostra que as concentrações plasmáticas de prolactina foram positivamente associadas ao risco de câncer de mama pós-menopausa, principalmente no contexto do uso de terapia de reposição hormonal; mulheres  com níveis de prolactina acima de 13 ng/mL tiveram risco 20% maior de câncer de mama.

Qual é a incidência de câncer colorretal a longo prazo de acordo com os resultados negativos de rastreamento por colonoscopia e os perfis de risco dos indivíduos? Estudo de coorte incluindo um total de 195.453 indivíduos mostrou que o resultado negativo no rastreamento por colonoscopia foi significativamente associado a menor incidência de câncer colorretal por 20 anos em comparação com nenhuma endoscopia. “O intervalo de nova triagem após os resultados negativos do rastreio por colonoscopia pode ser estendido além dos 10 anos atualmente recomendados, principalmente para indivíduos com perfis de baixo risco”, destacaram os autores do estudo publicado no JAMA Oncology.

Em portadores de variantes patogênicas da linhagem germinativa BRCA1/2, a incidência de longo prazo de carcinoma seroso de alto grau após salpingo-ooforectomia de redução de risco sem achados patológicos foi baixa. “A adesão rigorosa às diretrizes sobre a salpingo-ooforectomia oportuna seguida pela incorporação completa do espécime pode reduzir ainda mais o risco de carcinoma seroso de alto grau nos anos seguintes ao procedimento”, afirmaram os autores do estudo publicado no Journal of National Cancer Institute (JNCI).

O conjugado anticorpo-fármaco direcionado a TROP2 datopotamab-deruxtecan (Dato-DXd) já demonstrou atividade antitumoral no câncer de mama; no entanto, os determinantes da resposta, incluindo a importância da expressão de TROP2, permanecem obscuros. Estudo publicado no periódico Clinical Cancer Research avaliou a atividade de Dato-DXd em um painel de xenoenxertos derivados de pacientes com câncer de mama e demonstrou que a alta expressão de TROP2 aumenta a atividade antitumoral do anticorpo.

A classificação molecular do câncer de endométrio (CE) surgiu como uma abordagem fundamental para individualizar o tratamento e definir os resultados prognósticos. Pesquisadores da Oncoclínicas e do Hospital do Câncer de Barretos relatam pela primeira vez o perfil brasileiro da classificação ProMisE do câncer endometrial, em artigo que tem como primeiro autor o oncologista Diocésio Alves Pinto de Andrade (foto), diretor do Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP). O trabalho demonstra o impacto prognóstico da classificação ProMisE tradicional e molecular nos resultados dos pacientes.

Leonardo Gomes da Fonseca (foto), oncologista do ICESP, é primeiro autor de estudo que buscou elucidar o curso clínico de pacientes com colangiocarcinoma (CCA) na primeira coorte multicêntrica latino-americana, com resultados que representam um marco importante na cooperação internacional. “A alta prevalência de diagnóstico de CCA em estágio avançado na América Latina, particularmente entre indivíduos de etnia africana, juntamente com uma proporção significativa de pacientes hispânicos que não receberam quimioterapia, ressalta o prognóstico sombrio para esses pacientes”, destacam os autores, em artigo no The Lancet Regional Health Americas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o conjugado de anticorpo-medicamento (ADC) trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo, AstraZeneca) para pacientes adultos com tumores sólidos HER2-positivo (IHC3+) irressecáveis ou metastáticos que receberam tratamento sistêmico prévio e não têm opções alternativas de tratamento satisfatórias. Publicada no Diário Oficial da União1 dia 25 de novembro, a indiciação agnóstica é baseada nos resultados dos estudos multicêntricos DESTINY-PanTumor02, DESTINY-Lung01 e DESTINY- CRC02.

Pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas EGFR-positivo e recorrência pós-operatória têm melhor performance status ECOG e menos metástases distantes no início de osimertinibe de primeira linha, além de melhores sobrevida livre de progressão e sobrevida global em comparação com pacientes com doença irressecável de novo. Os resultados são de estudo prospectivo e observacional publicado no Lung Cancer Journal.

O consumo de álcool aumenta o risco de câncer de mama feminino, mesmo para mulheres que consomem uma bebida por dia. O alerta é de estudo com participação da IARC (International Agency for Research on Cancer) e confirma que o álcool é um fator de risco para mulheres na pré e pós-menopausa, demonstrando que consumir menos de 1 bebida padrão por dia (10 g de etanol) aumenta significativamente o risco de câncer de mama.

Parceria firmada entre o Instituto Nacional de Câncer (INCA), Ministério da Saúde e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai possibilitar a estruturação de um complexo de excelência, centralizando as 18 unidades do Instituto no Rio de Janeiro em um campus integrado. O investimento previsto é de R$ 1,1 bilhão.