Postergar a radioterapia aumenta risco de tumores da mama ipsilateral em mulheres com CDIS
O radio-oncologista Robson Ferrigno, do COAEM, comenta estudo apresentado na AACR 2016 que indica que atrasar o tratamento com radioterapia por um período maior do que oito semanas após a cirurgia conservadora da mama está associado com aumento do risco de tumores da mama ipsilateral em mulheres com carcinoma ductal in situ (CDIS).
Muitos pacientes com carcinoma de células de Merkel avançado (MCC), um tipo agressivo de câncer de pele, que receberam a imunoterapia pembrolizumab como tratamento de primeira linha em um estudo de fase II tiveram respostas duradouras.
Dados atualizados de uma pesquisa realizada com quase 50 mil mulheres mostram que aquelas que mantiveram uma dieta com baixo teor de gordura por aproximadamente oito anos reduziram o risco de morte por câncer de mama invasivo e tiveram melhores taxas de sobrevida quando comparadas com mulheres que não cumpriram um programa alimentar. Os resultados foram apresentados na sessão plenária da conferência anual da Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR, da sigla em inglês), realizada de 16 a 20 de abril.
O inibidor de quinases palbociclib, com ação em múltiplas ciclinas (CDK 4 e 6), é usado para tratar o câncer de mama avançado e se mostrou eficaz também em inibir a atividade proliferativa de células cancerosas em pacientes com câncer de mama inicial, sem tratamento prévio. É o que apontam os dados do estudo randomizado de fase II apresentado na AACR 2016.
Adicionar bevacizumabe à quimioimunoterapia de primeira linha com pentostatina, ciclofosfamida e rituximab (PCR) pode ser eficaz para o tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC). No entanto, a combinação está associada com maior cardiotoxicidade, como apontam os resultados do estudo apresentado na AACR 2016.
O anticorpo anti-PD-1 pembrolizumabe mostrou eficácia como monoterapia no tratamento de primeira linha do câncer de pulmão não-pequenas células avançado (CPNPC) e na ESMO 2016 também mostrou benefícios em combinação com a dupla de platina nesse cenário da doença. Os dados são do KEYNOTE-021 e foram publicados no Lancet Oncology1.
A adição do inibidor de CDK4/6 ribociclib à terapia com letrozol melhora significativamente a sobrevida livre de progressão em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama avançado receptor hormonal positivo (HR+). A primeira análise provisória dos dados do estudo MONALEESA2 demonstrou uma melhoria de 44% na sobrevida livre de progressão com a combinação no tratamento de primeira linha.
O anti PD-1 nivolumabe apresentou resultados no tratamento de pacientes com câncer de cabeça e pescoço, na recaída da doença metastática. É o que mostram os dados do CHECKMATE 141, estudo apresentado na ESMO 2016 e publicado no New England Journal of Medicine.
Estudo apresentado na ESMO mostrou a superioridade de cabozantinibe como terapia inicial no câncer renal avançado, com ganhos de sobrevida e de resposta livre de progressão na comparação com sunitinibe em pacientes de baixo risco ou risco intermediário.
O inibidor de PARP niraparib mostrou benefícios no câncer de ovário recorrente sensível à platina, de acordo com resultados do estudo de fase III ENGOT-OV16/NOVA apresentados no ESMO 2016 e publicados no New England Journal of Medicine. O estudo alcançou o objetivo primário e demonstrou que niraparib prolongou consideravelmente a sobrevida livre de progressão na comparação com placebo.