Coberturas Especiais 2022

nasofaringe1Apresentado em sessão oral, estudo que avaliou se pacientes com carcinoma nasofaríngeo de risco intermediário (estágio II e T3N0M0) tratados com radioterapia de intensidade modulada podem ser poupados de quimioterapia concomitante (CCRT) mostrou que a radioterapia isolada foi capaz de fornecer controle de doença e sobrevida comparável a CCRT nesses pacientes, com toxicidade reduzida.

aline 22A adição de docetaxel à radioterapia melhorou a sobrevida livre de doença e a sobrevida global no carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço localmente avançado (LAHNSCC, da sigla em inglês), em pacientes inelegíveis para cisplatina e representa uma nova opção de tratamento. É o que aponta estudo randomizado de Fase 3 que explorou docetaxel como radiossensibilizador nessa população de pacientes. Aline Chaves (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço e diretora do Grupo DOM Oncologia, comenta os resultados.

cancer de bexigaResultados de estudo prospectivo randomizado de Fase II (AURA/Oncodistinct-004) são tema de Poster Discussion no ASCO 2022, em apresentação de Nieves Martinez Chanza, oncologista do Instituto Jules Bordet. A análise discute avelumabe como base do regime neoadjuvante em pacientes com câncer de bexiga músculo invasivo não metastático elegíveis e não elegíveis para platina e revela que avelumabe como agente único neoadjuvante resultou em alta taxa de resposta (pCR) e downstaging patológico.

bexiga2Resultados de longo prazo (24 meses) do estudo de Fase 3 que avalia enfortumabe vedotina versus quimioterapia em pacientes com carcinoma urotelial avançado previamente tratados foram tema de Poster Discussion no ASCO 2022. Nesta análise, o anticorpo droga conjugado confirmou benefício nessa população, prolongando em 3,97 meses a mediana de sobrevida global em comparação com a quimioterapia.

veronica torresA nefrologista Verônica Torres Costa e Silva (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), é primeira autora de estudo brasileiro selecionado em pôster no ASCO 2022, em análise que tem a participação de Maria Del Pilar Estevez Diz, Gilberto Castro e outros pesquisadores do ICESP. Os resultados mostram que o coeficiente associado à raça deve ser removido das equações para avaliar a taxa de filtração glomerular estimada, o que representa um avanço e deve ser incorporada no tratamento do câncer, concluem os autores.

EDUARDO ZUCCA BXEstudo randomizado de fase II com quatro braços de análise durvalumab, savolitinib, combinação de durvalumab com savolitinib e combinação de durvalumabe com tremelimumab no câncer renal de células claras (CCR) avançado -não demonstrou benefício em relação a taxa de resposta confirmada (cRR) em pacientes previamente tratados com anti-VEGF. Os dados foram apresentados em sessão oral no ASCO 2022. “Assinaturas genéticas talvez sejam a chave para identificar pacientes que irão responder a drogas alvo moleculares específicas”, avalia o oncologista clínico Eduardo Zucca (foto), diretor de ensino e pesquisa do Instituto do Câncer Brasil.

prostata1Análise post hoc do estudo ARCHES selecionada no programa científico do ASCO 2022 apresentou resultados clínicos e dados de segurança de enzalutamida (ENZA) mais terapia de privação androgênica (ADT) no câncer de próstata metastático hormônio-sensível (mHSPC) em pacientes com idade < 75 e ≥ 75 anos. Os resultados apoiam o papel terapêutico de ENZA nesses pacientes, mostrando benefício clínico e tolerabilidade mesmo na população mais idosa.

thiago bueno de oliveira bxA quimiorradioterapia concomitante (CCRT) usando cisplatina a cada 3 semanas (DDP) 100mg/m2 por 3 ciclos é considerada a opção não cirúrgica padrão para o tratamento do carcinoma espinocelular localmente avançado de cabeça e pescoço (LAHNSCC). Muitos preferem cisplatina (DDP 40 mg/m2) semanalmente, assumindo que não seja inferior, com melhor radiosensibilização e menos toxicidade, mas não existem evidências robustas para apoiar a prática. Agora, estudo de não inferioridade selecionado para apresentação oral no ASCO 2022 demonstrou que a CCRT com DDP semanal não é inferior a DDP a cada 3 semanas, é melhor tolerada, com menos interrupções, hospitalizações e toxicidade e deve ser considerada como um dos padrões de tratamento. O oncologista Thiago Bueno Oliveira (foto), do A.C.Camargo Cancer Center, comenta os resultados.

harada mskcc 2021 okNa oncologia torácica, análise agrupada (pooled analysis) da FDA destacada em sessão oral no ASCO 2022 apresenta resultados que apoiam a tomada de decisão, sugerindo que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado com PD-L1 ≥50% tratados com regimes de quimio-imunoterapia podem ter resultados de sobrevida global e sobrevida livre de progressão comparáveis ou melhores do que aqueles tratados apenas com imuno-oncológicos (anti PD-1/PD-L1). O oncologista Guilherme Harada (foto), advanced clinical fellow no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, comenta os principais achados.

gustavo nader marta bxO desescalonamento da dose total da radioterapia (60Gy ao invés de 70Gy) está associada a resultados de sobrevida favoráveis ​​e menos toxicidades relacionadas ao tratamento para pacientes com carcinoma de nasofaringe estádio III de baixo risco sensíveis à quimioterapia de indução. Os resultados são do estudo selecionado para apresentação em Sessão Oral de Câncer de Cabeça e Pescoço no ASCO 2022. Gustavo Nader Marta (foto), radio-oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, comenta os resultados.