FOWARC: Quimioterapia e radioterapia neoadjuvante em câncer de reto
O estudo FOWARC (Abstract 3500 - J Clin Oncol 33, 2015) investiga se a quimioterapia com FOLFOX6 com ou sem radiação no tratamento neoadjuvante melhora a sobrevida livre de doença no câncer retal localmente avançado.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou uma atualização da sua Lista de Medicamentos Essenciais com a recomendação de 16 novos tratamentos contra o câncer. Durante a ASCO, o oncologista Gilberto Lopes (foto), do Centro Paulista de Oncologia (CPO) e um dos co-líderes da força-tarefa responsável pela Lista fará duas apresentações, uma sobre a Lista de Medicamentos Essenciais, e outra sobre acesso a tratamentos contra o câncer em países em desenvolvimento.
Ao contrário da edição passada do congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), onde os holofotes na área gastrointestinal estavam voltados para a disputa no cenário do câncer colorretal metastático, a 51a edição da ASCO traz um panorama GI diversificado, com estudos interessantes em câncer colorretal, estômago e reto. Anelisa Coutinho (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), comenta alguns destaques da edição esse ano.
Estudos que podem mudar a prática clínica no tratamento do câncer de pulmão concentraram as atenções na 51ª ASCO, refletindo a evolução das terapias-alvo e os resultados alcançados com a imunoterapia, até os avanços na radiocirurgia estereotáxica, com impacto nos desfechos de sobrevida e qualidade de vida. Quem comenta os destaques de Chicago é o oncologista Mauro Zukin (foto), do grupo COI, que desde 2012 integra o comitê educativo da ASCO em câncer de pulmão.
O estudo STAMPEDE é apontado como um dos destaques da 51ª ASCO e deve apresentar em Chicago resultados que mostram que a adição de docetaxel à terapia hormonal padrão aumenta a sobrevida global (SG) por um período médio de 10 meses em homens com câncer de próstata avançado recém-diagnosticados, sem tratamento prévio com terapia hormonal. No entanto, a adição de ácido zoledrônico à terapia padrão não teve impacto na sobrevida neste grupo de pacientes (Abstract 5001).
Um novo agente empregado no tratamento de mieloma múltiplo aparece entre os estudos mais comentados da ASCO 2015. O ELOQUENT-2 (Abstract 8509) mostrou que adicionar elotuzumab ao esquema com lenalidomida e dexametasona reduziu em 30% o risco de progressão da doença. “Apesar de não ter demonstrado eficácia quando utilizado como monoterapia, o elotuzumab (anti-CS1) apresentou resultados quando associado a outras combinações”, explica a oncohematologista Vânia Hungria, do Grupo Brasileiro de Mieloma Múltiplo (GEBRAM).
Em conferência de imprensa realizada no dia 13 de maio, a ASCO antecipou alguns dos destaques do encontro anual, entre eles o estudo de Diona Damian (foto) e colegas da Universidade de Sydney, Austrália. Os pesquisadores mostraram que a nicotinamida (vitamina B) reduziu significativamente o câncer de pele não-melanoma e casos de keratoses actínicas.
São Paulo sediou nos dias 8 e 9 de maio um dos maiores eventos de neuro-oncologia da América Latina este ano. O IV Congresso Internacional de Neuro-Oncologia / II Satelite SNOLA Meeting reuniu os principais especialistas nas diversas áreas que abrangem os tumores do sistema nervoso central para abordar conceitos gerais de neuro-oncologia, gliomas de alto e baixo grau, metástases cerebrais, metástases para sistema nervoso central e controvérsias em base de crânio.