Combinação de terapias-alvo é promessa na leucemia linfocítica crônica
Apresentados na ASH 2017, os resultados preliminares do estudo Bloodwise TAP CLARITY demonstraram que a combinação de ibrutinibe + venetoclax alcançou altas taxas de resposta global, remissão completa e erradicação de doença residual mínima (do inglês, MRD) na leucemia linfocítica crônica recidivada/ refratária. Os resultados foram apresentados por Peter Hillmen (foto), professor de hematologia experimental no Leeds Institute of Cancer and Pathology, no Reino Unido.
Os pacientes com linfoma de Hodgkin avançado (estádio III ou IV) tratados com um regime multidrogas que incluiu a terapia-alvo brentuximab vedotin (BV) apresentaram redução de 23% no risco de progressão da doença, morte ou necessidade de terapia adicional, em comparação com pacientes que receberam o regime padrão de quatro drogas em primeira linha para o tratamento de LH avançado. Os dados são do estudo fase III ECHELON-1, apresentado domingo, 10 de dezembro, na sessão plenária da ASH 2017.
O anticorpo monoclonal anti-CCR4 mogamulizumab demonstrou melhoria significativa na sobrevida livre de progressão, taxa de resposta e qualidade de vida em comparação com o vorinostat, padrão de tratamento aprovado pelo FDA para pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) previamente tratados. No geral, os eventos adversos observados com mogamulizumab foram leves a moderados. Os resultados do estudo de fase III MAVORIC foram apresentados na ASH 2017, por Youn H. Kim (foto), primeira autora do estudo e diretora do Programa Multidisciplinar de Linfoma Cutâneo na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford.
O maior encontro da hematologia mundial acontece em Atlanta, nos Estados Unidos, de 9 a 12 de dezembro. Em sua 59ª edição, o congresso da Sociedade Americana de Hematologia (ASH 2017) deve reunir cerca de 3 mil abstracts para apresentação oral e mais de 25 mil participantes.
Estudo apresentado no 2017 Genitourinary Cancers Symposium reforça evidências do papel da vigilância ativa na abordagem de pequenas massas renais, definidas como tumores sólidos de até 4 cm cada vez mais frequentes em achados incidentais.
O oncologista Raphael Brandão (foto), coordenador científico do Grupo Oncoclínicas e oncologista titular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e do Centro Paulista de Oncologia (CPO)
O câncer de próstata pode ser classificado com base na célula de origem, nos subtipos luminal A, luminal B e basal, sendo o câncer de próstata luminal B o de pior prognóstico, mas também aquele que obtém o maior benefício da terapia de privação androgênica (ADT). Os dados foram apresentados na ASCO GU.
Análises de biópsia líquida do DNA tumoral circulante (ctDNA) a partir de amostras de sangue revelam informações com potencial prognóstico no câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRCm)e podem apontar o caminho para o desenvolvimento de novas terapias-alvo. O estudo foi apresentado no 2017 Genitourinary Cancers Symposium.
Cinco estudos que exploram questões-chave no tratamento dos cânceres geniturinários foram destaque na ASCO GU 2017, que de 16 a 18 de fevereiro reuniu em Orlando, Flórida, grandes nomes da uro-oncologia mundial.
A abordagem do câncer renal metastático (mRCC) requer o uso de agentes distintos ao longo da primeira e segunda linhas de tratamento. Na intenção de compreender as alterações genômicas que ocorrem durante a evolução tumoral, pesquisadores avaliaram o DNA tumoral circulante (ctDNA) de 224 pacientes com mRCC, numa análise submetida a um painel de 70 genes. Os resultados foram apresentados na ASCO GU e podem ter implicações terapêuticas.
Estudo de fase III apresentado na ASCO GU identificou que um único ciclo de terapia adjuvante com bleomicina, etoposide e cisplatina (BEP) em homens jovens com diagnóstico recente de câncer de testículo e doença de alto risco resultou em baixa taxa de recorrência aos 2 anos (Abstract 400).