Da imunoterapia ao desafio do acesso
Para falar dos destaques e tendências da ECCO/ESMO 2015, a oncologista Nise Yamaguchi, do Instituto Avanços em Medicina, traz de Viena os grandes temas que concentram as atenções este ano.
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Para falar dos destaques e tendências da ECCO/ESMO 2015, a oncologista Nise Yamaguchi, do Instituto Avanços em Medicina, traz de Viena os grandes temas que concentram as atenções este ano.
Fábio Schutz, do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, comenta em vídeo dois destaques da ESMO 2015 em carcinoma de células renais: o CHECKMATE 025 e o ensaio METEOR.
Os resultados dos estudos POPLAR e BIRCH, que durante o congresso de câncer europeu apresentaram os primeiros dados de eficácia do atezolizumab, provocaram entusiasmo em Viena. Martin Reck, chefe do serviço de Oncologia Torácica do Hospital Grosshansdorf, Alemanha, qualificou de “notáveis” os resultados iniciais.
Resultados recentes do estudo CheckMate 057 apresentados na ESMO confirmaram que o anti PD-1 nivolumab melhorou a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células não escamosas que progrediram à quimioterapia baseada em platina. Os dados do estudo de Fase III foram publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine e mostram que, em 12 meses, mais pacientes estavam vivos no braço tratado com nivolumab em comparação com docetaxel (51% versus 39%). A diferença permaneceu na análise em 18 meses de seguimento (39% para nivolumab vs 23% para docetaxel).
A aspirina aumenta a sobrevida em pacientes com tumores do trato gastrointestinal (GI), como mostram os resultados de um grande estudo holandês apresentado nesta segunda-feira, 28, no Congresso de Câncer Europeu. Esta é a primeira vez que os dados de sobrevida de pacientes com tumores em diferentes localizações do trato GI foram analisados. Os pesquisadores acreditam que os resultados do estudo, envolvendo quase 14 mil pacientes, podem levar a novos insights sobre o uso de aspirina em câncer GI.
Os pacientes com câncer renal avançado viveram quase o dobro do tempo sem progressão da doença quando tratados com cabozantinib, uma droga que inibe a ação das tirosina quinases. Na Sessão Presidencial de sábado, 26 de setembro, Toni Choueiri (foto) apresentou no congresso europeu os resultados dos primeiros 375 pacientes de um total de 658 recrutados para o estudo clínico de fase III METEOR, que compara cabozantinib com everolimus, o tratamento padrão atual para a doença.
O anti PD-1 nivolumab prolonga significativamente a sobrevida em pacientes com câncer renal avançado, cuja doença tenha progredido após o tratamento inicial. É o que mostram os dados do estudo Checkmate 025 apresentados sábado, 26 de setembro, na Sessão Presidencial do Congresso Europeu de Câncer 2015. Os resultados foram publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine [1].
Milena Sant, da Fondazione IRCCS Istituto Nazionale dei Tumori, em Milão, Itália, apresentou no congresso europeu uma nova análise de dados a partir do EUROCARE 5, estudo que forneceu informações sobre os pacientes diagnosticados após o ano 2000 na Europa. A análise revelou desigualdades importantes, indicando que a sobrevida é geralmente baixa na Europa Oriental e alta no Norte e Centro da Europa, confirmando as tendências destacadas em estudos anteriores da série EUROCARE.
Desvendar as sequências genéticas das metástases cerebrais pode oferecer alvos inesperados para um tratamento eficaz. Os dados do estudo foram apresentados no Congresso Europeu de Câncer (ECC2015), em Viena, domingo, 27 de setembro, e publicados simultaneamente no Cancer Discovery [1].
Pacientes com tumores neuroendócrinos gastrointestinais avançados (TNEs) têm limitadas opções de tratamento e há poucos oncologistas especializados nesta doença relativamente rara. Agora, o estudo de fase III NETTER-1, multicêntrico, randomizado, internacional, apresentado no Congresso Europeu de Câncer 2015 (ECC2015), mostrou um tratamento inovador que apresentou uma melhoria significativa na duração do tempo de sobrevida livre de progressão de pacientes com TNEs mid-intestinal [1].
Os primeiros resultados da maior comparação internacional do tratamento de pacientes idosos com câncer de mama mostraram que existem diferenças substanciais no uso da cirurgia, terapia hormonal e quimioterapia entre os países europeus.