Terapia CAR-T na ASH 2016
O presidente da ASH, Charles Abrahms, professor de medicina da Universidade da Pensilvânia, destacou dois estudos com células CAR-T geneticamente modificadas. O estudo pivotal multicêntrico de fase 2 ZUMA-1, com células CAR-T anti-CD19 (LBA-6) envolveu 111 doentes de 22 instituições e induziu uma taxa de resposta objetiva em 76% de 101 pacientes com linfoma difuso de grandes células B (47% de resposta completa e 29% de resposta parcial).
A ASH 2016, conferência anual da Sociedade Americana de Hematologia, que acontece de 3 a 6 de dezembro, em San Diego, anunciou alguns estudos que devem ser destaque do programa científico dessa 58ª edição, que acontece entre os dias 3 e 6 de dezembro em San Diego, Califórnia.
O oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto),
Marcio Debiasi (foto), diretor científico do LACOG e médico preceptor do serviço de oncologia clínica do Hospital São Lucas da PUC e do Hospital do Câncer Mãe de Deus, em Porto Alegre, comenta em vídeo alguns destaques do SABCS 2016.
A adição de um inibidor da aromatase ao tratamento neoadjuvante com docetaxel, carboplatina, trastuzumabe (herceptin) e pertuzumabe (perjeta) não teve impacto na porcentagem de pacientes com câncer de mama HER2+, HR+ que tiveram uma resposta patológica completa (pCR). Os dados do estudo de fase III NRG Oncology/NSABP B-52 foram apresentados no 2016 San Antonio Breast Cancer Symposium.
Apresentados no 2016 San Antonio Breast Cancer Symposium, os resultados do estudo randomizado de fase III TEAM IIB mostraram que as mulheres na pós-menopausa com câncer de mama inicial HR+ que receberam o bisfosfonato ibandronato (Boniva) além da terapia hormonal adjuvante não melhoraram os resultados de sobrevida livre de doença (SLD).
O inibidor do PI3K buparlisib em combinação com a terapia endócrina melhorou os resultados para pacientes com câncer de mama avançado HR+ após o tratamento com everolimus mais exemestano. Os resultados do estudo de fase III BELLE-3 foram apresentados pelo oncologista Angelo Di Leo, do Ospedale Misericordia e Dolce, no San Antonio Breast Cancer Symposium.
Dados do estudo de fase II neoMONARCH1 apresentados no 2016 San Antonio Breast Cancer Symposium mostram que o tratamento neoadjuvante com a terapia investigacional abemaciclib, isolada ou em combinação com o inibidor da aromatase anastrozol, reduziu os níveis do marcador de proliferação celular Ki67 em células de câncer de mama HER2-, HR+, em comparação com o anastrozol isolado.