Onconews - 2022 - Page #2

Coberturas Especiais 2022

anelisa coutinho 21 bxO estudo randomizado internacional de fase III HIMALAYA mostrou que a combinação dos imunoterápicos durvalumabe e tremelimumabe melhorou significativamente a sobrevida global em pacientes com carcinoma hepatocelular avançado e irressecável, o tipo mais comum de câncer de fígado, em comparação com pacientes que receberam sorafenibe. Os resultados foram apresentados no ASCO GI 2022. “Sem dúvida ganhamos mais uma opção de tratamento para a primeira linha, e dessa vez composto por imunoterapia apenas”, observa Anelisa Coutinho (foto), oncologista na clínica AMO e Diretora Científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).

Duilio Rocha 2020 ok 2Os resultados do estudo randomizado internacional de fase III TOPAZ-1 mostraram que a adição do inibidor de checkpoint durvalumabe à quimioterapia com gemcitabina e cisplatina melhorou significativamente a sobrevida global em pacientes com câncer do trato biliar avançado. “O TOPAZ-1 é o primeiro estudo de fase III a mostrar que a adição de imunoterapia à quimioterapia padrão pode aumentar a sobrevida no câncer do trato biliar, sem novos eventos adversos graves”, disse Do-Youn Oh, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Seul e autora principal do estudo, selecionado para apresentação oral no ASCO GI 2022. Quem analisa os resultados é o oncologista Duilio Rocha Filho (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE) e membro do Conselho Científico do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).

asco gi 22 bxDe 20 a 22 de janeiro, o Simpósio de Câncer Gastrointestinal da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO GI) abre a agenda científica da oncologia mundial e entre os mais de 650 resumos o programa de imprensa destaca combinações com imunoterapias no câncer do trato biliar e no tratamento do carcinoma hepatocelular, além de modernos conjugados anticorpo-droga.

jose mauricio 21 bxNo estudo de Fase II randomizado TheraP, pacientes com mCRPC que progrediram a docetaxel foram randomizados para receber LuPSMA vs. Cabazitaxel. Esse estudo demonstrou superioridade do tratamento com LuPSMA em termos de resposta por PSA (redução do PSA basal de 50% ou mais (PSA50-RR; 66% vs. 37%), e sobrevida livre de progressão por PSA ou radiográfico (HR 0,63). A inclusão do estudo exigiu alta captação de PSMA (pelo menos uma lesão com SUVmax maior ou igual a 20) e nenhuma lesão que fosse FDG-positivo e PSMA-negativo. José Maurício Mota (foto), chefe do Grupo de Tumores Geniturinários da Oncologia Clínica do ICESP/FMUSP e oncologista titular da Oncologia D’Or, analisa os resultados.

fernando korkes bxAnálise retrospectiva de pacientes com carcinoma de células renais metastático de novo demonstrou que pacientes com trombo tumoral apresentaram resultados semelhantes aos pacientes sem extensão tumoral intravascular após o tratamento sistêmico. O trabalho também sugere um papel importante da nefrectomia citorredutora no aumento da sobrevida global em pacientes com trombo tumoral. Fernando Korkes (foto), urologista no Hospital Israelita Albert Einstein e chefe do Grupo de Uro-Oncologia da FMABC, comenta os resultados.

stecca 22 bxO oncologista Carlos Stecca (foto), ex-clinical research fellow no Princess Margaret Cancer Centre e atual membro do corpo clínico do Centro de Oncologia do Paraná (Curitiba) é primeiro autor de estudo selecionado para apresentação em pôster no ASCO GU 2022 que buscou determinar a viabilidade do uso de sequenciamento de próxima geração (NGS) para caracterizar o carcinoma urotelial metastático ou localmente avançado e identificar variantes potencialmente acionáveis. "As técnicas de sequenciamento genético são ferramentas importantes para a evolução do tratamento personalizado em oncologia, e tem trazido informações promissoras em carcinoma urotelial avançado", destaca Stecca.

cancer de bexigaO conjugado anticorpo droga trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) combinado ao anti PD-1 nivolumabe mostrou atividade antitumoral em pacientes com câncer urotelial com expressão de HER2, com perfil de segurança consistente com dados já conhecidos para T-DXd em outras indicações e para monoterapia com nivolumabe em pacientes com câncer urotelial. Os dados são de estudo apresentado em Rapid Abstract Session por Matt D. Galsky, do Mount Sinai.

mota trinconiEstudo brasileiro selecionado para apresentação em pôster no ASCO GU 2022 buscou descrever as características clínicas e patológicas, bem como os padrões de tratamento e os desfechos de pacientes com malignidades intraescrotais de células não germinativas tratados no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP-FMUSP) entre 2009 e 2020. “Por serem raros, a literatura sobre tumores testiculares de células não germinativas e malignidades paratesticulares ainda é escassa”, observam os autores. O oncologista Mateus Trinconi Cunha (na foto, à esquerda) é o primeiro autor do trabalho; José Mauricio Mota, chefe do Grupo de Tumores Geniturinários da Oncologia Clínica da instituição, o autor sênior.

cristiane bergerot oficial bxA psico-oncologista Cristiane Bergerot (foto), do Instituto Unity de Ensino e Pesquisa e do Centro de Câncer de Brasília (CETTRO), é primeira autora de estudo selecionado para apresentação em pôster no ASCO GU 2022. O estudo avalia o benefício do uso de um aplicativo baseado na intervenção mindfulness para pacientes com câncer renal metastático. “Este é o primeiro estudo a implementar uma ferramenta de apoio psicossocial, baseada em evidências e acessível por smartphone, para pacientes com câncer renal metastático”, destaca Bergerot.

maikol 22 bxDaniel Petrylak, do Yale Cancer Center, apresentou na ASCO GU 2022 novos dados do anticorpo droga conjugado enfortumab-vedotin, desta vez como estratégia neoadjuvante em monoterapia no câncer de bexiga músculo invasivo (MIBC), em pacientes inelegíveis ao tratamento com cisplatina. Os resultados são da coorte H do estudo EV-103 fase 1b/2. Maikol Kurahashi (foto), oncologista na Cionc - Centro Integrado de Oncologia de Curitiba, comenta os resultados do trabalho.

rim 22 bxCabozantinibe é um inibidor de pequenas moléculas das tirosina-quinases c-Met, AXL e VEGFR2 aprovado para uso em pacientes com carcinoma de células renais (RCC) avançado. Agora, estudo destacado na ASCO GU 2022 apresenta resultados de cabozantinibe no cenário neoadjuvante do câncer renal, sugerindo benefícios significativos nesse cenário de tratamento.