ASCO 2019: entrectinib apresenta resultados iniciais
Entrectinib, uma nova terapia-alvo que inibe as vias proteicas relacionadas a mutações nos genes NTRK1/2/3, ROS1 e ALK, demonstrou resultados promissores em pacientes com idades entre 4,9 meses e 20 anos e tumores raros do sistema nervoso central, neuroblastoma ou outros tumores sólidos. Os dados do estudo de fase I/IB STARTRK-NG serão apresentados no ASCO 2019. Quem comenta os resultados é o oncologista André Murad (foto), coordenador da disciplina de oncologia da Faculdade de Medicina da UFMG e diretor-científico do GBOP- Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão.
O ensaio clínico Women’s Health Initiative (WHI) avaliou a modificação alimentar em quase 49 mil mulheres na pós-menopausa sem antecedentes de câncer de mama e demonstrou que aquelas que seguiram uma dieta balanceada e com baixo teor de gordura apresentaram 21% menos risco de morte por câncer de mama na comparação com o grupo controle, sob dieta normal.1 Este é o primeiro grande estudo clínico randomizado a mostrar que a dieta pode reduzir o risco de morte por câncer de mama. O trabalho será apresentado na ASCO 2019. O oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), diretor médico geral do Centro de Oncologia da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e membro do comitê gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta os resultados.
A quimioterapia em baixas doses com oxaliplatina e capecitabina oferece benefícios de sobrevida livre de progressão comparáveis à dose mais alta do tratamento em pacientes idosos e frágeis com câncer gastroesofágico avançado, com menos efeitos colaterais. Os resultados são do estudo de fase III GO21 e serão apresentados no congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), em Chicago. “O estudo amplia o conhecimento sobre tratamentos oncológicos da parcela da população mais acometida pelo câncer: os maiores de 60 anos”, observa o geriatra e paliativista André Filipe Junqueira dos Santos (foto), presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) e coordenador do Serviço de Cuidados Paliativos da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP).
Os modernos inibidores de checkpoint imune deram a tônica da sessão moderada por Richard Pazdur (foto), Diretor do Centro de Excelência em Oncologia do FDA, em um dos pontos altos do encontro anual da American Association for Cancer Research. No Major Simposium intitulado "PD-1 Pandemonium", Pazdur destacou a importância de um novo paradigma representado pela geração de agentes anti PD-1/PD-L1, mas criticou a falta de cooperação no ambiente de pesquisa clínica.
A combinação do inibidor experimental da histona deacetilase (HDAC) entinostat com o anti-PD-1 pembrolizumabe demonstrou respostas clínicas em pacientes com melanoma que progrediram ao tratamento prévio com anti-PD-1. Os dados são do estudo de fase Ib/II ENCORE 601 e foram apresentados por Ryan Sullivan (foto), professor assistente de hematologia e oncologia no Massachusetts General Hospital Cancer Center no AACR 2019, em Atlanta.
A incidência de câncer de próstata e as taxas de mortalidade estão diminuindo ou estabilizando na maior parte do mundo, com os Estados Unidos registrando a maior queda na incidência. O Brasil, no entanto, apresentou uma das maiores taxas de incidência da doença nos últimos 5 anos entre os países avaliados. Os dados foram apresentados no AACR 2019, em Atlanta, Estados Unidos.
O adenovírus oncolítico experimental telomelisina (OBP-301) em combinação com radioterapia foi seguro e mostrou eficácia clínica precoce em pacientes vulneráveis com câncer de esôfago, de acordo com os resultados de um estudo clínico de fase I apresentado na AACR 2019. Os dados foram apresentados por Toshiyoshi Fujiwara (foto), professor e presidente o departamento de Cirurgia Gastroenterológica da Escola de Medicina da Universidade de Okayama.
A cirurgia foi associada a maiores taxas de sobrevida para pacientes com câncer de mama HER2-positivo estádio IV em comparação com aqueles que não foram submetidos ao procedimento. Os dados são de estudo apresentado na AACR 2019.
Uma análise agrupada de quatro estudos da série Checkmate (CheckMate-017, 057, 063 e 003; n = 664) mostra que 14% de todos os pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células previamente tratados que receberam nivolumabe (Opdivo®) na doença avançada estavam vivos em quatro anos. Em pacientes com PD-L1 ≥1% e <1%, as taxas de sobrevida global (SG) em quatro anos foram de 19% e 11%, respectivamente. Os dados foram apresentados na AACR 2019, em Atlanta (Abstract CT195).