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Alessandra Borba de Souza (foto) é primeira autora de estudo que destaca lacunas críticas para a realização de testes genéticos de linha germinativa para câncer de mama (CM) no Brasil. Com dados de mundo real do estudo AMAZONA III - a maior coorte brasileira multicêntrica e prospectiva de CM - o trabalho mostra que esses testes são subutilizados, com sérias implicações para o gerenciamento do tratamento e acesso ao aconselhamento genético nos sistemas de saúde públicos e privados.

Roberto Dias Machado (foto), urologista do Hospital de Câncer de Barretos, é o primeiro autor de estudo que avalia a associação da obesidade com câncer de pênis e o risco de metástases linfonodais em pacientes submetidos à linfadenectomia inguinal. O trabalho foi relatado na BMC Cancer e tem a participação do urologista Rodolfo Borges dos Reis (na foto, à direita).

A crescente tendência de câncer de mama em mulheres e homens ressalta a necessidade de mais monitoramento, alerta estudo de Jean Henri Maselli-Schoueri (foto) e colegas, publicado na BMC Cancer. O trabalho mostra que a menor mortalidade por câncer de mama feminino foi positivamente correlacionada com maior disponibilidade de médicos e cuidados especializados no sistema público de saúde, destacando o papel crítico da capacidade da força de trabalho da saúde e a alocação estratégica de pessoal especializado na melhoria dos resultados dos pacientes.

Estudo de coorte com 15.392 mulheres demonstrou que sobreviventes de câncer de mama que receberam quimioterapia, terapia endócrina ou ambas tiveram declínio significativo na saúde física em comparação com controles da mesma idade durante os primeiros 2 anos após o diagnóstico. “Após 2 anos, o declínio da saúde física foi observado apenas em sobreviventes que receberam quimioterapia”, destacaram os autores. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open.

A idade é o principal determinante clínico-demográfico dos níveis de atividade física em sobreviventes de câncer colorretal. É o que demonstra análise realizada com participantes do estudo ColoCare que avaliou os níveis de atividade 12 e 24 meses após o diagnóstico e ressecção do câncer colorretal. Os resultados foram publicados no Journal of Cancer Survivorship.

André Mattar (foto) é o primeiro autor de estudo que traz insights importantes sobre o tratamento do câncer de mama triplo negativo no sistema público de saúde do Brasil. Os resultados relatados no JCO Global Oncology  mostram que a sobrevida global foi maior em pacientes negros e que tanto a resposta patológica completa quanto a terapia adjuvante melhoraram a sobrevida no período analisado (2010 a 2019). Estágios avançados foram significativamente associados com o aumento dos custos do tratamento.

Dados fornecidos pelo Consórcio HEADSpAcE ajudam a entender fatores associados aos sistemas de saúde que podem explicar o diagnóstico tardio de pacientes com câncer de cabeça e pescoço. O trabalho multicêntrico tem participação brasileira, dos pesquisadores Lídia Maria Rebolho Arantes, do Hospital de Câncer de Barretos; José Carlos de Oliveira, do Hospital Araujo Jorge e do Registro de Câncer de Goiânia; Luís Felipe Ribeiro Pinto, do INCA e do Ministério da Saúde; Maria Paula Curado, do AC Camargo Câncer Center; José Roberto de Podesta e Ricardo Mai Rocha, da Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer de Vitória e Sandra Ventorin von Zeidler, do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Espírito Santo.

Após a nefroureterectomia radical para carcinoma urotelial do trato superior, o prognóstico é ruim para pacientes de alto risco. Embora não tenha atingido o desfecho primário em nenhuma das coortes, o estudo iNDUCT mostrou que a combinação de durvalumabe e quimioterapia à base de platina, especialmente cisplatina, apresentou resultados promissores nessa população de pacientes em termos de downstaging, com bom perfil de segurança e sem aumentar o risco cirúrgico.

Estudo multicêntrico global que incluiu 4752 mulheres jovens com câncer de mama com mutações BRCA descreve características de pacientes, tumores e tratamentos, revelando padrão distinto de eventos de sobrevida livre de doença  entre portadoras de BRCA1 e BRCA2. Os resultados estão no JCO e demonstram que a identificação de variantes patogênicas/provavelmente patogênicas de BRCA em mulheres saudáveis ​​foi associada ao diagnóstico de câncer de mama em estágio inicial, menor carga de tratamento e melhor sobrevida global não ajustada. Yuri Moraes (foto), médico geneticista do serviço de oncogenética do Américas Oncologia, analisa os principais achados.

O surgimento da medicina de precisão no campo do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) operável foi marcado por aprovações recentes dentro de um novo paradigma de tratamento, agora com estratégias terapêuticas mais personalizadas. Em um cenário que está em rápida evolução, revisão de Hofman et al. publicada na edição de março da Lung Cancer enfoca barreiras para a implementação de testes de biomarcadores na oncologia torácica e caminhos para superar os desafios.

Revisão sistemática avaliou a eficácia das intervenções nutricionais no estado nutricional, peso/composição corporal e resultados clínicos em pacientes idosos com câncer. Publicados no Journal of Geriatric Oncology, os resultados indicam a necessidade de relatar consistentemente a prescrição dietética, e reforçam a importância da adesão aos requisitos nutricionais e de parâmetros claramente definidos relacionados à nutrição e sua relação com os resultados clínicos, especificamente para pacientes mais velhos.

Revisão sistemática e meta-análise analisou as evidências disponíveis sobre as associações entre padrões alimentares e o risco de câncer gástrico. Os resultados foram publicados no European Journal of Cancer Prevention e reforçam a associação da dieta mediterrânea e de um padrão alimentar saudável com redução do risco de câncer gástrico.

Carlos Frederico Pinto (foto), oncologista do Instituto de Radioterapia do Vale, do Grupo Oncologia D'Or, é primeiro autor de estudo que analisa como as diferenças culturais influenciam a qualidade e a segurança do atendimento oncológico. O trabalho tem participação de Martins Fideles S. Neto (na foto, à direita), do Hospital de Câncer de Barretos, e propõe estratégias para melhorar as práticas de liderança e a colaboração internacional no escopo dos Programas de Qualidade da ASCO.

Novo relatório da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) e colaboradores avalia a carga mais recente e futura do câncer de mama feminino, com análise detalhada em cerca de 50 países. O estudo foi publicado na Nature Medicine e conclui que 1 em cada 20 mulheres no mundo será diagnosticada com câncer de mama durante a vida, projetando 3,2 milhões de novos casos de câncer de mama até 2050, com 1,1 milhão de mortes caso se mantenham as taxas atuais.

Muitos pacientes com câncer se aproximando do fim da vida continuam a receber tratamentos que causam mais danos do que benefícios clínicos significativos. O alerta é de Cherny et al, no ESMO Open, em revisão que analisa os fatores que contribuem para o overtreatment em pacientes com câncer terminal e propõe uma abordagem para mitigar o tratamento excessivo no fim da vida.