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Estudo de coorte retrospectivo buscou estimar a mortalidade entre pessoas que vivem com HIV e são diagnosticadas com câncer em comparação com pacientes com câncer sem HIV. Os resultados foram publicados no Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention e indicam que pessoas que vivem com HIV em tratamento podem ter aumento de mortalidade por certos tipos de câncer, embora as disparidades diminuam ao longo do tempo e não persistam além de 5 anos após o diagnóstico.

Análise que considerou dados de cerca de 250 mil mulheres, a partir de 9 registros de base populacional, é o primeiro estudo a apresentar a dinâmica de risco e o prognóstico do segundo câncer primário após radioterapia (RT) em sobreviventes de câncer de mama. “Nossos resultados sugerem que cerca de 6,6% dos segundos cânceres sólidos podem estar relacionados à RT para o primeiro câncer. A RT foi considerada um fator de risco importante para o desenvolvimento de câncer de mama, câncer no sistema respiratório, câncer de pele, leucemia, câncer de tecido mole (incluindo coração) e câncer de olho e órbita em sobreviventes de câncer de mama”, destacam os autores.

A acupuntura é uma abordagem promissora para anorexia induzida por quimioterapia, como apontam Zhang et al. na Nutrition and Cancer. Os resultados identificam os pontos de acupuntura mais relevantes e mostram que a acupuntura não apenas reduziu a incidência de anorexia, como também preservou a massa corporal e aumentou a força física dos pacientes durante a quimioterapia.

Revisão sistemática com meta-análise que envolveu dados de mais de 100 mil pacientes sintetizou as evidências sobre resultados perioperatórios e oncológicos associados à segmentectomia e/ou lobectomia no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em estágio inicial (estágio IA). Os resultados apoiam abordagens cirúrgicas personalizadas com base nas especificidades do paciente, demonstrando que a sobrevida global com a segmentectomia foi comparável à lobectomia no CPCNP em estágio inicial.

Micotoxinas (foto), metabólitos fúngicos prevalentes em muitos alimentos, são reconhecidos por seu papel na carcinogênese, especialmente quando interagem com vírus oncogênicos. Pesquisa que sintetiza evidências atuais sobre o risco de câncer associado à exposição a micotoxinas e infecções por vírus oncogênicos se apresenta como o primeiro estudo de revisão já realizado sobre o tema.

A U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou zolbetuximabe (VyloyTM, Astellas), um anticorpo direcionado à claudina 18.2 (CLDN18.2), com quimioterapia contendo fluoropirimidina e platina, para o tratamento de primeira linha de adultos com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica (JEG) localmente avançado, irressecável ou metastático, HER2-negativo cujos tumores são positivos para CLDN18.2, conforme determinado por um teste aprovado pela FDA. A decisão é baseada nos resultados dos estudos SPOTLIGHT e GLOW.

Um modelo de predição pode ser implementado na prática clínica para identificar pacientes com alto risco de reações de hipersensibilidade a paclitaxel, facilitando estratégias de gerenciamento proativo, como monitoramento aprimorado e tratamentos profiláticos precoces. “Esta abordagem melhora a segurança do paciente e otimiza o atendimento”, analisam os autores, em artigo no JCO Global Oncology.

Com o objetivo de melhorar globalmente a qualidade do tratamento do câncer, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) começou a oferecer programas internacionais de qualidade para práticas oncológicas. Artigo de Abdul Rahman Jazieh (foto) e colegas descreve as experiências com duas iniciativas em países de baixa e média renda, com dados inspiradores que podem ter impacto no atendimento a pacientes com câncer em diferentes cenários.

Resultados de uma grande coorte multiétnica com exposição a poluentes atmosféricos de longo prazo e estudos de coorte prospectivos apoiam o papel de partículas finas (PM2.5) como fator de risco para câncer de mama. “Nossos dados destacam que a prevenção do câncer de mama deve incluir não apenas abordagens centradas no comportamento individual, mas também políticas e regulamentações para toda a população para reduzir a exposição ao PM2,5”, descrevem os autores em artigo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Aline Chaves (foto), oncologista do grupo DOM Oncologia, comenta o sistema tumor-nódulo-metástase (TNM) do American Joint Committee on Cancer (AJCC)/Union for International Cancer Control (UICC). O TNM é a linguagem global para clínicos, pesquisadores e registros de câncer. Resultados de estudo de Jian-Ji Pan e colegas publicado no Jama Oncology sugerem que a nona versão da classificação TNM para câncer de nasofaringe fornece um sistema de estadiamento aprimorado para aplicação global e uma estrutura para futura incorporação de fatores não anatômicos. A nona versão do AJCC/UICC (TNM-9) será lançada para aplicação global em janeiro de 2025.

O envelhecimento populacional representa um desafio importante para o controle global do câncer, já que mais da metade dos novos casos de câncer ocorre em adultos mais velhos. Um programa de desenvolvimento profissional para oncologistas e geriatras, com foco na avaliação geriátrica, se demonstrou viável, levando a um aumento do conhecimento, das competências e do desempenho profissional em oncologia geriátrica. “Isso pode representar um novo método para aumentar a competência geriátrica da força de trabalho no tratamento do câncer na América Latina e globalmente”, analisam os autores, em artigo no JCO Global Oncology.

Daniel Barbalho (foto), mastologista e cirurgião oncoplástico do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, é primeiro autor de estudo que buscou estimar o impacto na qualidade de vida de diferentes tipos de tratamento para pacientes com câncer de mama. Os resultados estão na Frontiers in Oncology e mostram que a conservação da mama e a cirurgia oncoplástica estão associadas à melhor qualidade de vida.

Estudo de Bhavika K. Patel e colegas publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) em julho passado, avaliou prospectivamente a eficácia da triagem complementar de mamografia com contraste (MCC) em mulheres com risco elevado de câncer de mama. “A mamografia com contraste e a ressonância magnética (RM) tem desempenho diagnóstico semelhante na detecção de câncer de mama, mas existem dados limitados da MCC na triagem de câncer de mama de alto risco”, afirmam os autores. A mastologista Simone Elias (foto) analisa os resultados.

Apesar da colaboração International Duration Evaluation of Adjuvant Chemotherapy (IDEA) ter demonstrado que 3 meses de quimioterapia adjuvante com capecitabina e oxaliplatina é uma opção adequada para a maioria dos pacientes com câncer colorretal estágio III, apenas cerca de metade dos pacientes receberam recomendação do tratamento com duração mais curta. É o que demonstra análise de uma coorte contemporânea de mundo real publicada no Journal of Clinical Oncology (JCO). João Paulo Solar Vasconcelos (foto), oncologista na University of British Columbia, em Vancouver, Canadá, é coautor do trabalho.

Análise que considerou a incidência de 29 tipos de câncer em 183 países estimou as demandas globais de radioterapia em 2022 e 2050. Os resultados mostram que nem a capacidade instalada, nem a força de trabalho atendem às necessidades de radioterapia para enfrentar o desafio do controle do câncer. “Estratégias urgentes são necessárias para capacitar a força de trabalho global de assistência médica e facilitar o direito humano fundamental de acesso à assistência médica adequada”, alertam os autores, em artigo no Lancet Global Health.

Estudo prospectivo que investigou o uso de suplementos alimentares em mulheres com câncer de ovário mostra que, diante da alta prevalência de uso e da proporção de mulheres que iniciam o uso de suplementos quando começam a quimioterapia, os oncologistas devem ser encorajados a discutir a questão com seus pacientes e fornecer informações sobre os riscos conhecidos e potenciais associados ao uso de suplementos.

O ácido tranexâmico (ATX) profilático intraoperatório reduz a transfusão de sangue em pacientes submetidos à cistectomia radical aberta? Resultados de ensaio clínico randomizado revelam que o ATX não reduziu a transfusão de sangue em pacientes submetidos à cistectomia radical aberta para câncer de bexiga. “Com base neste ensaio, o uso rotineiro de ATX durante a cistectomia radical aberta não é recomendado”, destacam os autores.