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Pacientes com carcinoma de células escamosas de esôfago que tiveram resposta completa ao tratamento com quimiorradioterapia neoadjuvante podem adiar ou evitar a cirurgia utilizando uma estratégia de vigilância ativa com avaliação clínica de resposta para monitorar doença residual ou recorrência à distância. É o que sugere estudo selecionado em Rapid Abstract Session no 2024 ASCO Breakthrough. “Esses resultados podem apoiar os clínicos a determinar quando escalonar ou de-escalonar o tratamento”, destacou o oncologista Vishwanath Sathyanarayanan (foto), do Apollo Hospitals Bangalore, na Índia.

A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu o status de revisão prioritária para asciminib (Scemblix®, Novartis) no tratamento de pacientes adultos recém-diagnosticados com leucemia mieloide crônica (LMC) em fase crônica cromossomo Filadélfia positivo (Ph+). A decisão é baseada nos resultados no estudo ASC4FIRST, apresentado em Sessão Plenária no ASCO 2024 e publicado na New England Journal of Medicine (NEJM).

A duração fixa de acalabrutinibe (Calquence) em combinação com venetoclax, com ou sem obinutuzumabe, demonstrou uma melhora estatisticamente e clinicamente significativa na sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação com a quimioimunoterapia padrão em pacientes adultos com leucemia linfocítica crônica (LLC) sem tratamento prévio. Os resultados são de análise provisória do estudo de Fase 3 AMPLIFY, e foram divulgados pela Astrazeneca em comunicado à imprensa.

Câncer, doença cardíaca coronária, demência e acidente vascular cerebral (AVC) são as principais causas de morbidade e mortalidade na Inglaterra. Análise sobre o ônus econômico (custos de assistência médica, assistência social e assistência informal, além de perdas de produtividade) estimou o impacto dessas quatro condições crônicas até 2050. O médico epidemiologista, Arn Migowski (foto), comenta o trabalho que mostra o efeito do envelhecimento populacional projetado nas próximas décadas. Segundo os autores, com base apenas na mudança demográfica, os custos do câncer aumentarão em 40%, os da doença cardíaca coronária em 54%, os da demência em 100% e os do AVC em 85%.

O ecossistema de tumores cerebrais é considerado imunossuprimido, mas estudo de Björn Scheffler e colegas relatado na Nature Medicine utilizou radioligante como biomarcador de células imunes e identificou que a medula óssea da calota craniana de pacientes com glioblastoma recém-diagnosticado e sem tratamento prévio abriga populações linfoides ativas no momento do diagnóstico inicial. “Os dados deste estudo defendem a preservação e exploração adicional dessas unidades cranioencefálicas para o tratamento clínico do glioblastoma”, destacam os autores. A oncologista Camilla Yamada (foto), líder do grupo de neuro-oncologia da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, analisa o estudo.

A Food and Drug Administration1 dos EUA aprovou afamitresgene autoleucel (afami-cel, Tecelra®), uma terapia genética indicada para o tratamento de adultos com sarcoma sinovial metastático ou irressecável que receberam quimioterapia anterior, são antígenos HLA A*02:01P, -A*02:02P, -A*02:03P ou -A*02:06P positivos e cujo tumor expressa o antígeno MAGE-A4, conforme determinado pelos dispositivos de diagnóstico complementares autorizados pela FDA. Esta é a primeira terapia celular projetada para um tumor sólido aprovada nos EUA, e a primeira nova opção terapêutica para sarcoma sinovial em mais de uma década.

Estudo que buscou estimar a prevalência de transtornos emocionais em pacientes com câncer recém-diagnosticados e avaliar possíveis variações em relação ao status socioeconômico (SES) mostrou prevalência de 20,9% para qualquer comorbidade emocional, principalmente depressão, trauma e estresse, além de transtornos de ansiedade. A análise identificou dois grupos vulneráveis​​, compreendendo pacientes mais jovens com SES baixo e homens com SES baixo.

Depois de demonstrar atividade como agente único em pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário, belantamab mafodotin apresenta resultados em combinação com terapias padrão nessa população de pacientes. Vânia Hungria (foto) e colegas relatam os principais endpoints de eficácia e segurança em artigo na New England Journal of Medicine, mostrando que a adição de belantamab mafodotin a bortezomibe e dexametasona conferiu benefício clínico e estatisticamente significativo a essa população de pacientes, com mediana de sobrevida livre de progressão de 36,6 meses versus 13,4 meses no braço controle com daratumumabe, bortezomibe e dexametasona.

Estudo de coorte publicado JAMA Oncology mostrou que o uso de aspirina foi associado a uma maior redução absoluta no risco de câncer colorretal entre indivíduos com estilos de vida menos saudáveis. Os resultados sugerem que os fatores de risco de estilo de vida podem ser úteis para identificar indivíduos com um perfil risco-benefício mais favorável para a prevenção do câncer com aspirina.

Um grande estudo liderado por pesquisadores da American Cancer Society (ACS) sugere que as taxas de incidência continuaram a aumentar em gerações sucessivamente mais jovens em 17 dos 34 tipos de câncer, incluindo câncer de mama, pâncreas e gástrico. As tendências de mortalidade também aumentaram em conjunto com a incidência de câncer de fígado (somente mulheres), corpo uterino, vesícula biliar, testicular e colorretal. Hyuna Sung (foto), cientista sênior de vigilância e ciência da equidade em saúde na ACS, é a principal autora do trabalho publicado no Lancet Public Health.

O tratamento com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) demonstrou alta taxa de resposta global, com resposta durável, em pacientes com tumores sólidos avançados com amplificação de HER2 determinada com um teste de DNA livre de células (cfDNA). Os resultados são do estudo multicêntrico de Fase 2 HERALD/EPOC1806, publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Análise secundária do ensaio CALGB 140503, que envolveu 697 pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP), mostrou maiores taxas de recorrência e pior sobrevida entre aqueles com CPCNP periférico pequeno (≤2 cm) com invasão da pleura visceral, independentemente da extensão da ressecção parenquimatosa. Os resultados estão no JAMA Oncology.

Oncologistas, clínicos gerais e clínicos de atenção primária devem estar vigilantes sobre a oferta de testes genéticos apropriados para homens. Metade de todos os portadores de variantes hereditárias de predisposição ao câncer em BRCA1 e BRCA2 são homens, mas as implicações para sua saúde são pouco reconhecidas em comparação com indivíduos do sexo feminino, destaca artigo de Cheng et al. no JAMA Oncology. O oncologista e oncogeneticista Bernardo Garicochea (foto) comenta o trabalho.

Diretrizes clínicas e iniciativas de melhoria da qualidade identificaram a redução do uso de terapias contra o câncer no fim da vida como uma oportunidade para aprimorar o cuidado. Apesar disso, estudo publicado no periódico Cancer mostrou que existe uma grande variabilidade entre os oncologistas em relação à prescrição de terapias sistêmicas nos últimos 30 dias de vida.

Estudo brasileiro multi-institucional liderado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) integrou dados de sequenciamento de RNA unicelular de diferentes tipos de câncer, identificando 29 subpopulações de células derivadas de mieloides associadas a tumores dentro do microambiente tumoral. Mariana Boroni (foto), líder do Laboratório de Bioinformática do INCA, é a autora sênior do trabalho publicado no periódico Nature Communications.