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O estágio avançado do câncer é um fator determinante no mau prognóstico. Os carcinomas espinocelulares  de cabeça e pescoço (CEC) são altamente incidentes no Brasil e o diagnóstico em estágio avançado ainda é uma realidade, associado principalmente à idade, ao local do tumor primário e a fatores socioeconômicos, como aponta estudo de Flávia Nascimento de Carvalho (foto) e colegas, no Lancet Global Health Americas.

Nos últimos 15 anos, a norte-americana FDA e a europeia EMA aprovaram 19 e 13 medicamentos para sarcoma, enquanto suas contrapartes latino-americanas ANVISA, ANMAT e COFEPRIS aprovaram seis, oito e sete medicamentos, respectivamente. É o que mostra estudo do LACOG Sarcoma Group publicado no JCO Global Oncology, em análise que tem como primeiro autor o oncologista Douglas Dias e Silva (foto).

Acompanhamento de 12 anos do estudo C9741 confirmou o benefício sustentado de longo prazo da quimioterapia adjuvante de dose densa em pacientes com câncer de mama linfonodo positivo receptor de estrogênio positivo (RE+). É o que demonstram os resultados publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO), em artigo que tem o brasileiro Otto Metzger (foto), oncologista do Dana Farber Cancer Institute, como principal autor.

A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu revisão prioritária para datopotamab deruxtecan (Daiichi Sankyo/Astrazeneca) no tratamento de pacientes adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) localmente avançado ou metastático com mutação do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFRm) que receberam terapias sistêmicas anteriores, incluindo uma terapia direcionada ao EGFR. A decisão é baseada nos resultados primários do estudo de Fase 2 TROPION-Lung05, recentemente publicados no Journal of Clinical Oncology1 (JCO), além de dados dos estudos TROPION-Lung01 e TROPION-PanTumor01.

A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) elaborou um guideline com orientações baseadas em evidências para o tratamento sistêmico de pacientes com câncer anal em estágio I-III. Publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO), o trabalho tem participação da oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Oncologia do A.C.Camargo Cancer Center.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou zolbetuximabe (VYLOY™, Astellas), um anticorpo monoclonal anti-claudina 18.2 (CLDN18.2) para pacientes com adenocarcinoma gástrico ou de junção gastresofágica (JGE) localmente avançado irressecável ou metastático, em combinação com quimioterapia contendo fluoropirimidina e platina. Publicada no Diário Oficial da União (DOU)1 dia 16 de dezembro, a decisão é baseada nos resultados dos estudos SPOTLIGHT e GLOW.

Meta-análise de 15 ensaios clínicos sugere que, entre pacientes com câncer e infecção respiratória ou sepse suspeita ou comprovada, o uso de procalcitonina sérica (PCT) para orientar decisões de tratamento resulta em exposição reduzida a antibióticos, com possível redução na mortalidade, particularmente entre pacientes mais jovens. A conclusão é de estudo relatado na BMC Cancer, com participação dos brasileiros Carolina F. Oliveira (foto) e Vandack Nobre, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

O estudo INFINITY demonstrou atividade promissora do regime de combinação de tremelimumabe + durvalumabe sem quimioterapia como tratamento pré-operatório em pacientes com câncer gástrico e/ou de junção gastroesofágica ressecável com instabilidade de microssatélites/deficiência de mismatch repair. “Os primeiros resultados de viabilidade disponíveis de uma estratégia não operatória neste cenário de doença justificam validação adicional em coortes maiores”, afirmaram os autores. O estudo foi publicado no Annals of Oncology.

Estudo de coorte mostrou que para pacientes com carcinoma papilar de tireoide cN1b de risco intermediário, a lobectomia mais dissecção lateral do pescoço (LND) ipsilateral e a tireoidectomia total mais LND ipsilateral conferiram resultados semelhantes em termos de sobrevida global e recorrência. Os resultados foram publicados no JAMA Otolaryngology - Head & Neck Surgery.

A terapia de privação de andrógenos (ADT), um elemento-chave do tratamento do câncer de próstata, está associada ao aumento do risco de morbidade e mortalidade cardiovascular. Revisão publicada na Cardio-Oncology resume o efeito dos andrógenos e da privação de andrógenos na atividade plaquetária, que desempenha papel importante na inflamação e no início e progressão de lesões ateroscleróticas. “A melhor compreensão das vias patogênicas que ligam a ADT ao risco cardiovascular pode ajudar a identificar biomarcadores diagnósticos e prognósticos clinicamente úteis e acelerar a descoberta de novos alvos terapêuticos para otimizar os resultados do tratamento do câncer de próstata”, analisam os autores.

A atividade física vigorosa foi associada a menor inflamação do tumor de próstata e diferenças no microambiente imunológico. “Macrófagos e subconjuntos de células T, incluindo aqueles com papéis imunossupressores e com menor abundância em homens que relataram exercícios vigorosos, foram associados a piores resultados em câncer de próstata ERG-positivo”, revela estudo publicado no periódico Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention.

Estudo investigou a prevalência da positividade da claudina 18.2 (CLDN18.2) com foco particular na heterogeneidade intratumoral e sua associação com características clinicopatológicas no câncer gástrico metastático ou irressecável. “A comparação de quatro núcleos de tecido mostrou heterogeneidade intratumoral em mais da metade dos casos com qualquer expressão CLDN18.2. Considerando a heterogeneidade intratumoral, a positividade CLDN18.2 foi de 31,3% no câncer gástrico metastático, recorrente ou irressecável”, destacaram os autores em artigo publicado no ESMO Open.

O oncologista Paulo Gustavo Bergerot (foto) é primeiro autor de estudo que avaliou a viabilidade e aceitabilidade de um programa personalizado de atividade física para pacientes com câncer em tratamento com inibidores de checkpoint imune (ICI), investigando seu impacto na qualidade de vida, efeitos colaterais relacionados ao tratamento com ICI, fadiga e sintomas emocionais. “Esta intervenção pode impactar positivamente o manejo de sintomas e a qualidade de vida”, destacaram os autores em artigo publicado no periódico Supportive Care in Cancer.

Um esforço global colaborativo de toda a comunidade oncológica é necessário para superar o déficit significativo na educação para a radioterapia e garantir o acesso equitativo a um dos pilares do tratamento do câncer. O alerta é da Agência Internacional de Energia Atômica em levantamento que considerou 90 países em todas as regiões e indica discrepâncias nos padrões de formação profissional e a falta de serviços de oncologia de radiação, particularmente em países de baixa e média renda.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o anti-PD-L1 durvalumabe (Imfinzi®, AstraZeneca) no tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células pequenas (CPCP) em estágio limitado cuja doença não progrediu após quimiorradioterapia concomitante à base de platina. Publicada no Diário Oficial da União1 dia 02 de dezembro, a decisão é baseada nos resultados positivos do estudo de Fase 3 ADRIATIC, publicado na New England Journal of Medicine (NEJM)2.

Análise provisória pré-especificada de estudo randomizado de fase 3 mostrou que a combinação de nivolumabe com ipilimumabe aumentou significativamente a sobrevida livre de progressão (SLP) de pacientes com câncer colorretal metastático com alta instabilidade de microssatélites (MSI-H) ou deficiência em reparo de incompatibilidade (dMMR). Em 24 meses, a SLP foi de 72% com a combinação versus 14% no grupo tratado com quimioterapia (P<0,001), como descreve artigo de Thierry Andre e colegas, na New England Journal of Medicine (NEJM).