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O uso de contraceptivos hormonais em mulheres com mutação BRCA1 foi associado ao aumento do risco de câncer de mama, com um aumento proporcional no risco de 3% para cada ano de uso de contraceptivos hormonais. “Nenhuma evidência de associação foi observada em mulheres com mutação BRCA2”, observaram os autores do estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Pesquisa que considerou os conhecimentos e atitudes dos membros da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) quanto ao manejo e tratamento do câncer de mama no cenário neoadjuvante revela grandes divergências entre os cirurgiões brasileiros em relação a muitas questões relacionadas à marcação mamária e axilar. O trabalho está disponível na Frontiers in Oncology e tem como primeiro autor o mastologista Henrique Lima Couto (foto), Presidente do Departamento de Imagem da SBM e Membro da Comissão Nacional de Mamografia.

Doenças cardiovasculares (DCV) e câncer são a primeira e a segunda principais causas de morte no Brasil e no mundo. Estudo de Beatriz Rache (foto) e colegas publicado no Lancet Regional Health Americas fornece uma análise nacional de 2000 a 2019, revelando que a mortalidade por câncer já é maior que a mortalidade por DCV em 13% dos municípios brasileiros, principalmente em municípios de alta renda. “Nossos resultados podem fornecer informações importantes para formuladores de políticas e profissionais de saúde pública no Brasil”, destacam os autores.

Resultados de longo prazo de estudo norueguês que avaliou pacientes tratados para metástases do Sistema Nervoso Central (SNC) mostram que carga de doença limitada e bom status de desempenho  foram preditores de retorno ao trabalho após o tratamento inicial, revelando que na coorte analisada 50% dos pacientes estavam vivos após 5 anos.

O câncer pancreático associado à neoplasia mucinosa papilar intraductal (IPMN) está se tornando um subtipo comum de câncer pancreático encontrado em espécimes ressecados. Pedro Luiz Serrano Uson Junior (foto) e colegas avaliaram o prognóstico do adenocarcinoma pancreático associado à IPMN, com achados que não mostram diferença estatística na sobrevida global entre adenocarcinoma pancreático ressecado e adenocarcinoma pancreático associado a IPMN.

Estudo de Loroña et al. avaliou a associação entre o uso de álcool e tabagismo na recorrência do câncer colorretal (CCR) e na mortalidade pela doença, com resultados que não demonstraram associação significativa nesta coorte longitudinal, mas reforçam recomendações aos sobreviventes de CCR de limitar o uso de álcool e não fumar.

Dados de mundo real sobre a eficácia e segurança do conjugado anticorpo droga sacituzumabe govitecan (SG) em pacientes com câncer de mama triplo negativo metastático fortemente pré-tratados revelam que o benefício clínico no mundo real foi consistente com os resultados do ensaio clínico ASCENT e confirmam a viabilidade de trastuzumabe deruxtecana no subgrupo HER2-low após SG, apoiando o uso de conjugados anticorpo-fármaco de forma sequencial nesta população.

O câncer de pulmão continua sendo a principal causa de mortalidade por câncer, apesar do declínio nas taxas de tabagismo. Meta-análise de estudos de associação genômica ampla identificou novos loci associados ao câncer de pulmão, independente do status de tabagismo. “Nossa abordagem permite o desenvolvimento de novas pontuações poligênicas, que podem melhorar as aplicações da medicina de precisão para câncer de pulmão em fumantes e não fumantes”, analisam os autores.

Victor Ambros (na foto, à esquerda), professor na Universidade de Massachusetts; e Gary Ruvkun, professor de genética da Harvard Medical School, foram reconhecidos com o Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia de 2024 pela descoberta do microRNA e seu papel na regulação gênica pós-transcricional. “Sua descoberta inovadora revelou um princípio completamente novo de regulação genética que se mostrou essencial para organismos multicelulares, incluindo humanos”, descreve o comunicado divulgado pelo Comitê do Nobel.

O câncer do trato biliar, o segundo tipo mais comum de câncer de fígado, continua sendo um desafio terapêutico em razão do diagnóstico tardio e do prognóstico ruim. Revisão de Kehmann et al. apresenta a evolução das estratégias de tratamento sistêmico, desde as opções de quimioterapia aos novos esquemas de combinação com inibidores de checkpoint imune.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou recentemente um processo para revisar e atualizar os procedimentos para selecionar medicamentos essenciais. Artigo de Vokinger e colegas, publicado no Lancet, descreve a evolução das Listas Modelo de Medicamentos Essenciais (ELM) e levanta reflexões importantes. “Quase todos os medicamentos (687/700; 98,1%) propostos para a EML da OMS entre 2003 e 2023 vieram de candidatos em países de alta renda”, destacam os autores.

Estudo publicado no JAMA Oncology buscou determinar o desempenho da ferramenta de avaliação de risco de fratura (FRAX, da sigla em inglês - Fracture Risk Assessment Tool) para predizer fraturas incidentes em indivíduos com câncer. “Os resultados sugerem que FRAX com densidade mineral óssea pode ser uma ferramenta confiável para prever fraturas incidentes nessa população”, destacaram os autores.

Em estudo de simulação, o (ultra-)hipofracionamento demonstrou potencial para reduzir o risco de malignidades secundárias em comparação a um esquema de 5 semanas na radioterapia adjuvante do câncer de mama. “A maior redução absoluta do risco devido ao (ultra-)hipofracionamento foi observada para câncer de pulmão e mama”, destacaram os autores em artigo publicado na The Breast.

“O burnout em profissionais de saúde resulta da exposição a riscos psicossociais no trabalho. Se não for tratado, pode levar a problemas crônicos de saúde, aumento da rotatividade de pessoal, redução de horas de trabalho, absenteísmo e aposentadoria precoce da prática clínica, impactando assim o atendimento ao paciente”. O alerta é da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), em documento que propõe 11 recomendações para mitigar o burnout em profissionais de saúde que atuam na oncologia, com o objetivo de ajudar indivíduos e instituições a manter a prestação de cuidados oncológicos ideais.

Nas últimas duas décadas, a busca por fatores alimentares para o desenvolvimento de diretrizes de prevenção do câncer levou a uma expansão significativa no estudo de padrões alimentares e sua relação com o câncer. É o que sustentam Yiwen Zhang e Edward L Giovannucci, que revisam a literatura e analisam como o padrão alimentar pode ser aliado na prevenção do câncer.