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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o tratamento com durvalumabe neoadjuvante mais gemcitabina e cisplatina, seguido por durvalumabe adjuvante como agente único após cistectomia radical, para adultos com câncer de bexiga músculo invasivo (CBMI). A decisão é baseada nos resultados do estudo de fase 3 NIAGARA.

Inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2 (SGLT2i) têm o potencial de melhorar os resultados para pacientes com câncer gastrointestinal, sem efeitos colaterais significativos. É o que sugere estudo com participação do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), em trabalho que tem como primeiro autor o médico Lucas E. Flausino (foto) e como autor sênior e correspondente o médico Roger Chammas (na foto, à direita). “Nossos achados indicam que o uso de SGLT2i está fortemente ligado a melhores resultados no câncer gastrointestinal”.

O pesquisador Francisco Cezar Aquino de Moraes (foto), da Universidade Federal do Pará, é primeiro autor de revisão sistemática e meta-análise que avaliou a diferença na resposta patológica completa, sobrevida livre de doença e sobrevida global entre os fenótipos HER2-low e HER2-zero do câncer de mama. “Os resultados sugerem que HER2-zero deve ser considerado um fator prognóstico no câncer de mama em estágio inicial e levado em consideração no planejamento do tratamento neoadjuvante e em futuras pesquisas clínicas”, afirmam os autores. Os resultados foram publicados na Breast Cancer Research.

Qual é o impacto dos tratamentos de câncer de pulmão metastático nos custos reais e na sobrevida na prática privada no Brasil? Estudo de Riad Younes (na foto, à direita) e colegas publicado no JCO Global Oncology mostra que a terapia-alvo resultou em aumento de 62% na sobrevida, com alta de 2,45 no custo total médio, enquanto a imunoterapia teve vantagem de 48% na sobrevida, com aumento de 2,9 vezes no custo total médio do tratamento. A sequência de imunoterapia e terapia-alvo levou ao maior custo total na coorte avaliada, sem benefício de sobrevida, analisam os autores. O cirurgião torácico Rodrigo Sardenberg (à esquerda) é o primeiro autor do trabalho.

A anticoagulação prolongada com apixabana em dose reduzida não foi inferior à apixabana em dose completa na prevenção de tromboembolismo venoso (TEV) recorrente em pacientes com câncer ativo e trombose venosa profunda proximal ou embolia pulmonar, como demonstram resultados do estudo API-CAT apresentado no congresso da American College of Cardiology (ACC 2025), em Chicago, e publicado simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).

Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (foto), pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Translacional em Oncologia do Instituto Mário Penna, MG, é primeira autora de estudo que sugere a natureza multifatorial da resistência à platina no câncer de ovário seroso de alto grau. Os pacientes resistentes à platina foram caracterizados pela presença de CHEK2-DIV e maior expressão L1.

Revisão sistemática explorou as percepções, o conhecimento e as atitudes da população em geral em relação aos fatores de risco relacionados ao câncer de próstata. “Idade, histórico familiar e raça/etnia estão entre os fatores de risco reconhecidos pela população-alvo para o câncer de próstata. Os participantes demostram incerteza em relação às influências do estilo de vida”, destacaram os autores. Os resultados foram publicados no periódico Current Oncology Reports, em artigo com participação da brasileira Luanna Silva (foto), pesquisadora da Universidade Federal São João del-Rei.

Estudo de Joshi et al. na Nature Communication fornece evidências de que o rastreio de HPV, seguido por triagem por inspeção visual com ácido acético (VIA) e tratamento não é inferior à estratégia de teste do HPV e tratamento em mulheres vivendo com HIV. No entanto, os autores destacam que, embora não significativo, houve aumento de 58% e 48% no risco de Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC 2+) no braço de "teste, triagem e tratamento" em relação ao braço de "triagem e tratamento" na análise por intenção de tratar e na análise por protocolo, respectivamente. O médico epidemiologista Arn Migowski (foto) analisa os resultados.

A omissão do estadiamento axilar cirúrgico não foi inferior à biópsia do linfonodo sentinela em pacientes com câncer de mama invasivo T1 ou T2 clinicamente negativo para linfonodos (90% com câncer T1 clínico e 79% com câncer T1 patológico). É o que demonstram os resultados primários do estudo INSEMA publicados por Reimer et al na New England Journal of Medicine (NEJM).

A biópsia guiada por microultrassonografia de alta resolução é uma alternativa à biópsia guiada por fusão por ressonância magnética para diagnóstico do câncer de próstata clinicamente significativo, descrevem pesquisadores do ensaio OPTIMUM, em artigo no JAMA. Os resultados têm implicações importantes para médicos, pacientes e sistemas de saúde.

Estudo multicêntrico realizado em 13 centros de câncer na Holanda demonstrou que a qualidade de vida geral permaneceu estável durante o primeiro ano de tratamento em pacientes com câncer de pâncreas localmente avançado, 89% dos quais receberam tratamento direcionado ao tumor. Os resultados estão em artigo no Journal of the National Cancer Institute (JNCCN).

Estudo de mundo real que avaliou a sobrevida a longo prazo, comparando lobectomia e ressecção sublobar (segmentectomia ou ressecção em cunha) no tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em pacientes com doença inicial mostra que a lobectomia e a segmentectomia foram associadas à melhor sobrevida global e específica para câncer de pulmão na comparação com a ressecção em cunha para CPCNP estágio IA (≤2 cm).  Os resultados foram relatados por Seder et al. no Journal of Thoracic Oncology e destacam a potencial lacuna entre evidências do mundo real e aquelas obtidas de ensaios clínicos randomizados.

A biópsia do linfonodo sentinela é segura e deve ser considerada como alternativa à dissecção do linfonodo axilar, oferecendo a mesma eficácia em pacientes com câncer de mama T1-T3 e 1-2 linfonodos positivos, conclui revisão de André Mattar (foto) e colegas, publicada na The Breast.  O estudo mostra que a biópsia do linfonodo sentinela reduz o risco de linfedema em 65% em relação à dissecção do linfonodo axilar, mas as taxas de sobrevida e recorrência são comparáveis em 5, 8 e 10 anos de acompanhamento​.​

O câncer de próstata (CaP) é a segunda principal causa de morte por câncer em idosos (≥75 anos). Resultados de longo prazo da radioterapia hipofracionada em pacientes idosos com CaP localizado a partir do banco de dados IPOPROMISE estão em artigo na Prostate Cancer and Prostatic Disease (Nature). A análise confirma o papel da radioterapia na cura de pacientes idosos saudáveis ​​afetados por doença localizada.

O carcinoma hepatocelular (CHC) representa uma carga de saúde global significativa e o vírus da hepatite B (HBV) continua como a etiologia predominante na China. Estudo que buscou desenvolver e validar modelos baseados em N-glicômica sérica para o diagnóstico e prognóstico de CHC em pacientes com cirrose crônica relacionada à hepatite B (CHB) sugere que os modelos são viáveis e podem prever efetivamente a ocorrência e a recorrência do CHC.

Estudo de mundo real analisou dados do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e demonstrou que as taxas de subtratamento foram altas em pacientes idosas com câncer de mama inicial, mas os resultados não foram impactados negativamente. “Não oferecer quimioterapia (neo)adjuvante pode ser uma escolha sensata para pacientes idosos selecionados com câncer de mama inicial, levando em consideração suas comorbidades e estado funcional”, afirmam os autores em artigo publicado no periódico Clinical Breast Cancer. A oncologista Jéssica Monteiro Vasconcellos (foto) é a primeira autora do trabalho.