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Estudo publicado no ESMO Open buscou caracterizar molecularmente uma coorte de pacientes com câncer do trato biliar com foco nas alterações genômicas nos genes de reparo de recombinação homóloga (HRR) em um cenário do mundo real. “Esta é a maior análise multicêntrica de dados de mundo real sobre o status de HRR no câncer do trato biliar”, afirmaram os autores.

Os registros de câncer de base populacional são a principal fonte de informação para vigilância e monitoramento do câncer. Estudo que analisou a qualidade dos dados de cinco cânceres gastrointestinais (esôfago, estômago, colorretal, fígado e pâncreas) em 16 registros de câncer de base populacional em atividade no Brasil mostra que os registros brasileiros atenderam aos critérios de comparabilidade internacional, mas metade apresentou índices abaixo dos níveis esperados para critérios de validade e completude dos dados para tumores de alta letalidade, como tumores de fígado e pâncreas, além de um longo atraso na disponibilidade e divulgação dessas informações. O trabalho é dos pesquisadores Diego Rodrigues e Silva (foto), Max de Oliveira e Maria Paula Curado.

O risco de segundos tumores após terapia com células T expressando receptores quiméricos de antígenos (CAR), especialmente o risco de neoplasias de células T relacionadas à integração do vetor viral, é uma preocupação emergente. Resultados de Hamilton et al. publicados na New England Journal of Medicine (NEJM) destacam a raridade de segundas malignidades, com métodos que servem como referência para a caracterização de tumores após terapia com células CAR-T e para o monitoramento da presença do transgene que codifica o CAR. Martin Bonamino (foto), pesquisador do INCA e da FIOCRUZ, comenta o trabalho.

Estudo de coorte caracterizou a microbiota intestinal de 215 pacientes consecutivos com câncer de próstata no início da radioterapia e mostrou que o perfil de bactérias intestinais pode ser usado para melhorar a avaliação do risco de toxicidade gastrointestinal pré-radioterapia nessa população de pacientes. A partir dos resultados, o trabalho propõe uma árvore de decisão clínica que pode auxiliar a estabelecer protocolos personalizados de tratamento.

Os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA divulgaram as primeiras diretrizes federais para triagem de câncer anal em pessoas com HIV, uma população com risco elevado para esse tipo de câncer. As recomendações consideram o uso de anuscopia de alta resolução em certas faixas etárias para ajudar a detectar e tratar lesões precursoras, com base nas evidências do estudo ANCHOR (Anal Cancer/HSIL Outcomes Research).

Pesquisadores do Departamento de Genética e Genômica do Tisch Cancer Institute publicaram resultados de estudo que investigou o potencial da inteligência artificial (IA) para aprimorar a detecção precoce do câncer de mama (CM) e melhorar os resultados dos pacientes. A revisão sistemática de diferentes conjuntos de dados mostrou que, enquanto os métodos convencionais de aprendizado de máquina demonstraram precisão acima de 90%, técnicas de deep learning alcançaram 98,58 de precisão, agregando contribuição importante para avanços adicionais na detecção do câncer de mama.

Qual é a viabilidade da terapia neoadjuvante de exercícios físicos em homens com câncer de próstata localizado e que impacto pode ter na atividade biológica tumoral? Estudo clínico liderado por pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center amplia a base de evidências, demonstrando que intervenções de exercícios físicos no cenário pré-operatório são viáveis e que 225 a 375 minutos por semana têm atividade biológica promissora.

A Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) apresentou dados atualizados sobre o câncer de cabeça e pescoço (CCP), com informações epidemiológicas extraídas dos 79 Registros Hospitalares de Câncer (RHCs) do Estado. A análise considera 42 544 casos de câncer de cabeça e pescoço diagnosticados de 2000 a 2020 e mostra que o estadiamento avançado ainda representa 70,5% desses diagnósticos, com sobrevida global em 5 anos de apenas 21%. Adeylson Guimarães (foto), diretor adjunto da FOSP, analisa os principais indicadores do CCP em São Paulo.

Estudo publicado na Blood, periódico da American Society of Hematology (ASH), mostrou que pacientes do sexo feminino podem engravidar e gerar crianças saudáveis ​​após transplante alogênico de células hematopoiéticas (TCTH). “As descobertas refutam o antigo consenso de que gestações pós-transplante são praticamente impossíveis e destacam a necessidade de maior aconselhamento sobre fertilidade para essa população de pacientes”, afirmaram os autores.

Em artigo no ESMO Open, Muneer et al. fornecem recomendações para diagnóstico, estadiamento, tratamento e acompanhamento do câncer de pênis. As recomendações têm a chancela da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) e da EURACAN, grupo constituído com foco em tumores sólidos raros, refletindo dados científicos disponíveis e a opinião de consenso dos autores. A diretriz de prática clínica também incorpora algoritmos para o tratamento de tumores penianos primários e linfonodos inguinais.

Para melhorar a sobrevida de idosos com câncer e comorbilidades, o envelhecimento e as comorbilidades devem ser considerados em conjunto e incorporados em todas as etapas da pesquisa em câncer. A recomendação vem de artigo publicado no Journal of the National Cancer Institute (JNCI) que destaca insights de uma série de webinars organizados pelo Instituto Nacional do Câncer (NCI).

Meta-análise realizada por pesquisadores da Liga Contra o Câncer, com participação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, buscou avaliar as características clínicas de pacientes com linfoma de Hodgkin vivendo com HIV (HIV-HL) durante a era da terapia antirretroviral combinada. “Nossos achados indicam que pacientes com HIV-HL apresentaram sobrevida global de 92% em 2 anos, embora a SG tenha diminuído para 79% em 5 anos”, destaca o trabalho, que tem como primeiro autor o pesquisador Amaxsell Thiago B. de Souza (à esq) e como autor correspondente Kleyton Medeiros (foto), Gerente de Pesquisa da Liga Contra o Câncer.

O novo regime de brentuximabe vedotina, etoposídeo, ciclofosfamida, doxorrubicina, dacarbazina e dexametasona (BrECADD) melhorou a relação risco-benefício no tratamento de linfoma de Hodgkin clássico em estágio avançado após dois ciclos de quimioterapia sistêmica. Os resultados estão em artigo de Borchmann et al., no Lancet, e mostram que BrECADD guiado por PET teve eficácia superior nessa população de pacientes em relação à sobrevida livre de progressão (SLP) e melhor tolerabilidade em termos de mortalidade relacionada ao tratamento na comparação com eBEACOPP.  O oncologista e oncogeneticista Bernardo Garicochea (foto) comenta o trabalho.